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Doria oferece reajustes aos servidores para aprovar reforma da previdência

Com pressa para ver aprovado projeto que muda previdência dos servidores antes de abandonar o Executivo, prefeito oferece 8% de reajuste para os professores, além de 24% no piso do funcionalismo

Reprodução/Sindsep

Servidores em greve acompanham a discussão do projeto que altera as aposentadorias em frente à Câmara

São Paulo – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira (27) que não vai ceder à pressão dos servidores municipais que lutam contra as mudanças ele pretende fazer no sistema municipal de aposentadorias, e pretende ver o Projeto de Lei (PL) 621), que aumenta a alíquota previdenciária dos servidores de 11% para 14%, aprovado o mais rapidamente possível, já que o prefeito deixa o cargo já na próxima semana. 

Para garantir a aprovação defendida pelo governo, Doria ofereceu reajuste de 8% nos salários dos professores e de 24% no piso salarial do conjunto do funcionalismo municipal, e a retirada da alíquota extra que alimentaria as aposentadorias suplementares, que ficou conhecida como Sampaprev.

A proposta foi apresentada em reunião convocada de última hora com representantes dos servidores e depois anunciada em entrevista coletiva. Junto com o prefeito, estavam presentes os secretários de Gestão, Paulo Uebel, e de Governo, Júlio Semeguini, além do presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), e outros parlamentares da base governista.

Leite afirmou que deve convocar reunião de todas as comissões da Casa para deliberar sobre o projeto e, na sequência, afirmou que pretende aprová-lo ainda nesta terça-feira, durante sessão extraordinária. Se aprovado nessas condições, a Câmara tem 48 horas para votar novamente o projeto em segundo turno. Caso aprovado novamente, segue para sanção do prefeito. 

Para justificar a proposta, Doria afirmou que o alegado déficit na previdência municipal é principal entrave para o crescimento dos investimentos no município, hoje na casa dos 3% do montante total do Orçamento. 

Diversas categorias do funcionalismo municipal estão em greve desde o dia 8 e vêm realizando atos que reúnem milhares de servidores. 

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