Hacktivismo

Hackers ameaçam vazar dados da Previdência contra reforma sem diálogo

Dados de 2 mil segurados da Previdência serão divulgados, se o governo Temer votar proposta que retira direitos dos aposentados. 'Objetivo é satisfazer o mercado dando garantias aos bancos'

AGPT/PT

Hackers dizem que governo Temer faz “propaganda enganosa” quando diz que a reforma da Previdência combate privilégios

São Paulo – Hackers que invadiram o sistema da Previdência Social ameaçam vazar dados de milhares de segurados se o governo Temer insistir em votar a reforma da Previdência, que retira direitos e restringe o acesso às aposentadorias, sem que o povo tenha sido consultado sobre as mudanças. Eles prometem divulgar na Deep Web nomes, CPFs, emails e senhas de cerca de 2 mil, segundo o site Tecmundo divulgou nesta segunda-feira (11), se a oferta de acordo não for cumprida. Eles também contestam a justificativa oficial do governo para aprovar a reforma de que o sistema de aposentadorias registraria constantes déficits. 

“O povo não foi consultado para as reformas na Previdência e jamais aceitaria perder direitos garantidos, portanto nesse sentido estou fazendo uma oferta irrecusável: em troca de não expor os dados na Deep Web, peço que o povo seja ouvido e nenhuma reforma que retire direitos seja aprovada, até porque se sabe que o pretexto de rombo na Previdência é uma farsa já denunciada por Auditores da Receita Federal (www.somosauditores.com.br) e por isso não se justificam as mudanças que vão dificultar o acesso aos benefícios, exigir mais tempo de contribuição e reduzir drasticamente os valores a serem recebidos”, diz o manifesto publicado pelos invasores. 

Eles alegam que, com as novas regras pretendidas pelo governo, apenas 20% dos trabalhadores teriam garantidos o acesso às aposentadorias, e dizem que o governo faz “propaganda enganosa”, quando afirma que a proposta de reforma vai combater alegados privilégios. 

A Reforma não considera a realidade do trabalhador brasileiro, e o seu objetivo é satisfazer o mercado dando garantias aos bancos, um sistema que sempre penaliza os trabalhadores quando se vê ameaçado”, dizem em comunicado. 

Leia também

Últimas notícias