Previdência

Centrais aprovam greve em 5 de dezembro: ‘Não mexam nos direitos!’

Decisão tomada hoje ratifica posição aprovada no ato do último dia 10, em São Paulo, e é uma reação contra decisão do governo e do Congresso de votar mudanças nas regras da Previdência

Força Sindical

CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Intersindical, Nova Central e UGT na sede da Força: reforma acaba com aposentadoria

São Paulo – Representantes das nove centrais sindicais confirmaram hoje (24) a decisão de realizar uma greve nacional contra a reforma da Previdência, marcando para a paralisação para 5 de dezembro. Em reunião na sede da Força Sindical, na região central de São Paulo, os dirigentes confirmaram posição aprovada durante ato duas semanas atrás na Praça da Sé, quando se discutiu uma paralisação caso o governo insistisse na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287.

Segundo nota divulgada logo após o encontro, as centrais afirmam que definiram uma “greve nacional contra a nova proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo governo”. As entidades afirmam que a reforma “acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros”.

E acrescentam ao final, dirigindo-se ao Congresso: “Não mexa nos direitos dos trabalhadores!”.

Assinam a nota: CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força, Intersindical, Nova Central e UGT.

Ontem, em artigo, o presidente da CUT, Vagner Freitas, já havia alertado que haveria greve caso a proposta fosse retomada, afirmando que o governo, “desesperado em entregar qualquer reforma da Previdência aos seus financiadores”, apresentaria uma proposta mais “enxuta”, mas igualmente ruim.

O secretário-geral da central, Sérgio Nobre, destacou também a Lei 13.467, de “reforma” trabalhista, que segundo ele, poderia ficar ainda pior, considerando as mais de 800 emendas apresentadas à Medida Provisória 808, que altera trechos da lei recém-aprovada. “Imagine somar a essa tragédia a possibilidade de trabalhar a vida inteira e não se aposentar”, afirmou. “Todo brasileiro, independentemente da categoria, tem motivo de sobra para cruzar os braços e ir às ruas no dia 5 de dezembro.”