retrocesso

Senado faz das leis trabalhistas instrumentos de proteção às empresas

Para diretor técnico do Dieese, cenário ainda é reversível, porém movimento sindical terá que 'organizar o chão das fábricas'

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Senado aprovou, nesta terça feira, cerca de 300 novas mudanças na CLT que retiram direitos trabalhistas

São Paulo – Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a aprovação no Senado da reforma trabalhista, nesta terça-feira (11), demonstra uma “estratégia de sucesso do governo”, pois a partir de agora, a legislação trabalhista terá um novo protegido. “Com a mudança de 300 itens nas leis referentes ao trabalho, elas viraram uma grande proteção às empresas”, afirma, em entrevista à Rádio Brasil Atual, hoje (12).

Clemente diz não acreditar que as mudanças sejam definitivas, sem possibilidade de serem revertidas. Segundo ele, a reforma trabalhista aprovada pelo Senado é uma “agenda aberta” para os movimentos sindicais trabalharem daqui para frente.

“Haverá uma disputa ainda pela frente para forçar o presidente a vetar alguma parte do projeto, depois será na Justiça do Trabalho, no Supremo Tribunal Federal e, principalmente, no chão das fábricas, através da organização sindical”, diz o diretor técnico do Dieese.

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