24 horas

Metroviários de São Paulo podem fazer greve em 1º de agosto

Eles protestam contra a privatização das linhas 5-Lilás do Metrô e 17-ouro do monotrilho, anunciadas pelo governo Alckmin, e também contra a terceirização do atendimento das bilheterias

reprodução/TVT

Quase de graça, governo Alckmin pretende privatizar linhas do metrô e do monotrilho por 2% do valor investido

São Paulo – Trabalhadores do metrô de São Paulo podem entrar em greve na próxima terça-feira (1º). A possível paralisação de 24 horas é contra a privatização de linhas e a terceirização do serviço de bilheterias.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou que pretende privatizar as linhas 5-Lilás do Metrô e 17-Ouro do monotrilho em setembro. Empresas privadas interessadas em realizar as operações deverão fazer oferta mínima de R$ 189 milhões. 

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo contesta o valor da concessão, já que a quantia pedida pela concessão representam apenas 2% do que foi investido pelo estado na construção dos trechos. Segundo o coordenador da Secretaria-Geral do sindicato, Wagner Fajardo, só em junho o governo gastou mais de R$ 200 milhões para concluir as obras da linha 5-Lilás. 

Além das privatizações, os metroviários também são contra a terceirização das bilheterias, que começou a ser implantada em junho. Na linha 5-lilás, todas as bilheterias já são operadas por 180 trabalhadores terceirizados. Hoje, dos 9 mil metroviários, todos concursados, 1.200 trabalham nas bilheterias. 

Segundo Fajardo, enquanto o trabalhador concursado tem salário inicial de R$ 2.100, os terceirizados recebem bem menos. Além de denunciar a precarização, ele afirma, baseado em ações do Ministério Público Federal (MPF), que a substituição de concursados por terceirizados é ilegal. 

É uma precarização muito grande. Existe toda uma contestação jurídica, inclusive do Ministério Público Federal, que entende essa terceirização como ilegal, porque ela substitui o concurso público. Trabalhador concursado em empresa pública não pode ser substituído por terceirizados”, afirmou Fajardo à repórter Ana Flávia Quitério, para o Seu Jornal, da TVT.

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