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Empresários do comércio e serviços pressionam por reforma trabalhista

Presidente do Senado diz que projeto será aprovado amanhã na CCJ e seguirá para o plenário. 'A pauta sou eu quem faço'

Jane de Araújo/Agência Senado

Eunício Oliveira recebe representantes de setores econômicos, que querem reforma trabalhista aprovada

São Paulo – Enquanto a oposição afirma que o governo Temer “acabou” e não tem credibilidade para impor reformas estruturais, um grupo de empresários dos setores de comércio e serviços reuniu-se hoje (27) com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) para pedir a aprovação do projeto (PLC 38) de “reforma” trabalhista. O texto, que nesta terça é tema de audiências públicas, será votado amanhã na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa. O setor industrial também apoia a reforma, até ajudando em parte da elaboração da proposta.

Eunício recebeu o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e coordenador da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), Honório Pinheiro, entre outros representantes empresariais. Segundo Honório, a Unecs reúne sete entidades e responde por 15% do Produto Interno Bruto (PIB) e 22 milhões de empregos formais, com a maior parte das operações em cartões de crédito e débito e vendas da indústria de alimentação e bebidas. Ouviram do presidente do Senado que a matéria deverá ser aprovada na CCJ e seguirá em regime de urgência para o plenário, para votação ainda neste semestre.

“Eu sou impaciente com as coisas, por natureza, mas sou extremamente paciente com o que acredito que temos que ter paciência que é a democracia. Por isso, democraticamente, garanti o debate da reforma em três comissões do Senado e fiz duas sessões temáticas no olenário para que todos pudessem manifestar sua opinião”, afirmou Eunício, citando ainda a tramitação nas comissões de Assuntos Econômicos e Assuntos Sociais. “Agora, a pauta do plenário sou eu quem faço.”

Na primeira audiência pública na CCJ, o líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), destacou o fato de a Procuradoria-Geral da República ter denunciado o presidente Michel Temer. “Esta Casa não tem condições de votar reforma trabalhista nestes termos. Este governo acabou. O Temer não se sustenta. Na hora que abrir o placar lá, com transmissão pela televisão, ele não vai ter 172 votos”, afirmou, em referência ao número de deputados necessários para evitar que o processo siga adiante. 

Com informações da assessoria de imprensa da presidência do Senado