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Manifesto pelo 1º de Maio: próximo passo é ocupar Brasília, dizem centrais

Entidades divulgam manifesto conjunto sobre 'recado contundente' da greve geral

Cesar Itiberê / Fotos Públicas

Manifestação de 28 de abril, em São Paulo. Greve geral mandou recado ao governo Temer: trabalhadores não aceitam retrocessos em direitos conquistados

São Paulo – “Com nossa capacidade de organização, demos um recado contundente ao governo Temer e ao Congresso Nacional: exigimos que as propostas nefastas que tramitam em Brasília sejam retiradas. Não aceitamos perder nossos direitos previdenciários e trabalhistas”, afirmam centrais sindicais, em manifesto conjunto que será lido nos atos do 1º  de Maio, nesta segunda-feira. “O próximo passo será ocupar Brasília para pressionar o governo e o Congresso a reverem seus planos de ataques ao sagrados direitos da classe trabalhadora”, avisam.

Em São Paulo, após o prefeito João Doria (PSDB) ter obtido liminar para proibir a CUT de realizar o ato político na Avenida Paulista, o Tribunal de Justiça intermediou um acordo e garantiu o respeito ao direito de manifestação, no dia que marca a luta pelos direitos dos trabalhadores.

As entidades afirmam que estão abertas, “como sempre estiveram”, ao diálogo. Mas acrescentam que, se isso não for suficiente, assumem o compromisso de organizar, apoio dos movimentos sociais, “uma ação ainda mais forte”, em referência à greve geral da última sexta (28), data que “entrará para a história do povo brasileiro“, com o “não” às reformas estruturantes propostas pelo governo de Michel Temer.

Leia a íntegra do documento.

1º DE MAIO DE 2017

A GREVE DE 28 DE ABRIL CONTINUA

O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse NÃO à PEC 287, que destrói o direito à aposentadoria, NÃO ao PL 6787, que rasga a CLT e NÃO à lei 4302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa!

Sob a palavra de ordem “Em 28 de abril vamos parar o Brasil” todas as centrais sindicais e suas bases se mobilizaram, de norte a sul do país, impulsionando uma imensa paralisação das atividades e grandes manifestações de protesto. Trabalhadores dos transportes urbanos, das fábricas, comércio, da construção civil, prestadores de serviços, escolas, órgãos públicos, bancos, portos e outros setores da economia cruzaram os braços. E este ato contou com o apoio dos movimentos sociais, como a UNE, de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, com o apoio dos nossos companheiros do movimento sindical internacional, e contou também com uma enorme simpatia popular.

Com nossa capacidade de organização, demos um recado contundente ao governo Temer e ao Congresso Nacional: exigimos que as propostas nefastas que tramitam em Brasília sejam retiradas. Não aceitamos perder nossos direitos previdenciários e trabalhistas.

Nos atos de todas as centrais sindicais pelo país neste 1º de Maio de 2017, dia do trabalhador, reafirmamos nosso compromisso de unidade para derrotar as propostas de reforma da previdência, da reforma trabalhista e da lei que permite a terceirização ilimitada.

O próximo passo é Ocupar Brasília para pressionar o governo e o Congresso a reverem seus planos de ataques aos sagrados direitos da classe trabalhadora. Sobre essa base, as centrais sindicais estão abertas, como sempre estiveram, ao diálogo.

Se isso não for suficiente assumimos, neste 1º de Maio, o compromisso de organizar uma reação ainda mais forte.

VIVA A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA! VIVA O 1º DE MAIO!

ABAIXO AS PROPOSTAS DE REFORMAS TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA!

NENHUM DIREITO A MENOS!

 

Assinam os presidentes das centrais sindicais:

Antônio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

Adilson Araújo, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Paulo Pereira da Silva, Paulinho, da Força Sindical

José Calixto Ramos, da Nova Central (NCST)

Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

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