Professores

Com 52% dos votos, Bebel é reeleita na Apeoesp

Duas das três chapas participantes vão compor a diretoria. Mandato é de três anos

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Bebel acompanha apuração da eleição que a reelegeu para presidir o sindicato dos professores de São Paulo

São Paulo – Com 30.406 votos (51,66% dos válidos), a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, foi reeleita para a presidência da entidade. A apuração, encerrada neste sábado (27) na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, terminou com 21.572 votos para a chapa 3 (36,65%), que tinha à frente Moacyr Américo da Silva. Pelo critério de proporcionalidade adotado no sindicato, as duas terão representação na diretoria. A chapa 2, encabeçada por Antonio Carlos Silva, teve 5.077 (8,63%) – para compor a direção, é preciso ter pelo menos 10% dos votos válidos.

A chapa vencedora reúne representantes da CUT e da CTB, enquanto a 3 tem integrantes da Intersindical e da CSP-Conlutas, entre outros. Já a 2 é vinculada ao PCO. No total, participaram da votação 58.859 sócios da entidade, em eleição que percorreu mais de 5 mil escolas no estado. O mandato da diretoria é de três anos. Além da diretoria, foram eleitos conselheiros estaduais e regionais.  

Segundo a Apeoesp, a nova direção “tem como tarefa primordial continuar liderando a luta da categoria contra a reforma da Previdência e todos os demais ataques do governo ilegítimo de Michel Temer contra a classe trabalhadora e a educação pública”. “Quem está dentro do magistério sabe que é impossível manter essa reforma”, afirmou Bebel, em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã desta segunda-feira (19).

Ela afirma que, para além da resistência aos ataques advindos do governo federal, é preciso exigir a saída do presidente Temer e a realização de eleições diretas para a escolha do seu sucessor. Ela diz que a própria eleição da Apeoesp representa o apreço dos professores para com a democracia. “Fosse o candidato da oposição o eleito, nós iriamos reconhecer, claro, e acatar o resultado.”

A entidade afirma que continuará pressionando o governo estadual “a conceder reajuste emergencial de 23,42%, na perspectiva do cumprimento da Meta 17 do Plano Estadual de Educação (que determina a equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior), por melhores condições de trabalho e as demais reivindicações da categoria”. Bebel ressaltou que esse é um compromisso já estabelecido, que precisa ser cumprido, em nome da “valorização” da categoria. 

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