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Contra greve geral, Metrô de SP quer dobrar turno dos substitutos

Alerta é de metroviário: usuários estarão em risco com agentes mal treinados, com jornada excessiva e perigosa e sem o apoio dos técnicos que atuam em caso de falhas nos trens, que estão 100% na greve geral

Twitter/Sindicato dos Metroviários

Para tentar furar a greve, companhia do Metrô quer impor jornada de mais de mais de 15 horas

São Paulo – Para tentar desqualificar o êxito da greve geral contra as reformas trabalhistas e da Previdência do governo de Michel Temer, a Companhia do Metrô está tentando uma manobra arriscada para a segurança de usuários e do próprio sistema: dobrar o turno de supervisores e chefes que compõem o chamado plano de contingência da empresa neste dia de greve geral.

Conforme denúncia do Sindicato dos Metroviários de São Paulo à RBA, esses trabalhadores têm sido pressionados pela direção da empresa para continuarem trabalhando até a meia noite, quando termina a greve geral, embora devessem encerrar a jornada no máximo até as 13 horas.

“Como o plano de contingência do Metrô tem uma equipe mais numerosa pela manhã e deve faltar pessoal para a tarde, estão forçando a dobra do turno até o final do dia. Com isso terão trabalhado muito mais de 14 horas, quando a jornada é de 12 horas. “, disse o diretor do Sindicato dos Metroviários Alex Santana.

De acordo com ele, essa manobra da Companhia é irresponsável também por questões técnicas. Além do cansaço de trabalhadores mal treinados atuando em funções diversas às que eles ocupam no dia a dia, entre elas a condução de trens, o sistema que opera parcialmente não conta hoje (28) com o apoio de técnicos responsáveis pelo restabelecimento do sistema em caso de falhas nos trens ou nas linhas.  

“Isso significa que se houver alguma falha, os trens não terão como voltar a funcionar”, alertou Santana.

O sindicato não tem ainda informações sobre a adesão da equipe de contingência a essa manobra da companhia do Metrô.

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