Terceirização

UGT diz que deputados jogaram ‘contra o trabalhador e a sociedade’

Central diz que, ao lado das demais, vai lutar pelo veto ao projeto. Para dirigente, governo erra 'de maneira abominável'

Lula Marques/AGPT

Apresentado durante o governo FHC, texto que libera a terceirização contém “trechos vagos, imprecisos e confusos”

São Paulo – O presidente da UGT, Ricardo Patah, afirmou por redes sociais que os 231 deputados favoráveis ao Projeto de Lei 4.302, aprovado ontem (22) na Câmara, “jogaram contra o trabalhador e a sociedade brasileira”. A entidade informou que, ao lado das demais centrais, tentará evitar a sanção do texto pelo presidente Michel Temer. “Vamos lutar pelo veto desse PL absurdo”, afirmou.

Segundo o dirigente, o texto, originalmente de 1998 (governo Fernando Henrique Cardoso), tem “trechos vagos, imprecisos e confusos”. Pelo tempo em que foi apresentado, deveria ter sido “reescrito, no mínimo”. 

“A terceirização adequada, bem conformada, pode ser uma oportunidade de emprego, mas não é o caso. O PL aprovado possibilita a terceirização, inclusive, da atividade-fim, o que precariza assustadoramente as relações trabalhistas”, afirma Patah, para quem o governo erra “de maneira abominável” se não olhar os dois lados da sociedade e se aperceber que é a grande massa trabalhadora que movimenta o país, e que neste momento encontra-se muito preocupada com mudanças que não os incluem”.

“Agora é torcer para que caia a ficha do presidente e se resgate o respeito pela sociedade e pela garantia dos direitos dos trabalhadores”, acrescenta. “A sociedade justa só se constrói quando o trabalhador é visto, respeitado e está seguro.”

Dirigentes das centrais se reuniram hoje, em Brasília, para avaliar a aprovação do texto que libera a terceirização e planejar os próximos passos. A CUT já convocou manifestações para o próximo dia 31.

 

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