Após inspeção, trabalhadores da usina de Jirau retomam as atividades

Vistoria de juíza do Tribunal Regional do Trabalho não constatou nada que comprometesse a continuidade das obras, interrompidas por incêndio em alojamentos

Inspeção constata que o clima em Jirau está mais tranquilo e que não há perigo de novos ataques (Foto: TRT 14)

São Paulo – Trabalhadores da usina hidrelétrica de Jirau voltaram a exercer as atividades na manhã de hoje (9). O Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região permitiu a continuidade da obra após inspeção nos alojamentos da construção.

Na semana passada mais de 30 das 100 unidades de moradia do canteiro de obras da hidrelétrica, em Porto Velho, foram destruídas por um incêndio. De acordo com a assessoria da Camargo Corrêa, uma das empresas responsáveis pelo empreendimento, mais de 4 mil trabalhadores aguardavam o retorno às atividades.

Como a vistoria, realizada a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), não detectou problemas, os trabalhos puderam ser retomados. A juíza Maria Rafaela de Castro indicou que, além do clima tranquilo entre os funcionários, havia condições suficientes no refeitório, na área de vivência e no setor de dormitórios para a retomada. A inspeção judicial não dispensa, porém, que o Ministério do Trabalho realize nova vistoria. 

Entre os trabalhadores que aguardavam o retorno ao trabalho, alguns decidiram fazer acordo com a empresa e foram demitidos. “Mais de mil trabalhadores fizeram acordo e voltaram a seu lugar de origem. O sindicato acompanhou toda a negociação e a homologação, tudo foi realizado conforme as leis”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Industria da Construção Civil de Rondônia, Raimundo Soares da Costa.

A greve dos trabalhadores da usina teve duração de 26 dias e acabou na última segunda-feira (2), mas o sindicato continua as negociações e pode fazer uma nova paralisação em breve. “No final do mês voltaremos ao canteiro de obras e faremos uma nova assembleia com os trabalhadores para decidirmos se vamos paralisar ou não.”, afirmou o presidente da entidade.

Desde a intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT), mais de 20 pessoas foram presas como responsáveis pelo incêndio dos alojamentos.

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