Servidores da saúde em São Paulo fazem paralisação de 48 horas a partir de hoje

Categoria espera há 20 dias resposta do governo sobre reivindicações da campanha salarial. De acordo com o sindicato da categoria, perdas salariais somam 28%

São Paulo – Os servidores da saúde do estado de São Paulo iniciaram hoje (21) uma paralisação por 48 horas nos hospitais estaduais, ante impasse nas negociações com o governo. A data-base da categoria é 1º de março. A pauta de reivindicações foi apresentada ao secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, no início do mês pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), mas nenhuma resposta foi dada.

“O governo está cortando direitos do trabalhador, a começar pelos salários”, disse o presidente do SindSaúde, Benedito Augusto de Oliveira. A expectativa do dirigente é que a secretaria entre em contato com o sindicato entre hoje e amanhã para iniciar processo de negociação. Caso nenhuma sinalização seja dada, há a possibilidade de a greve ser deflagrada por tempo indeterminado em assembleia na manhã da sexta-feira (23), na Quadra dos Bancários (região central de SP).

A categoria calcula em 28% as perdas salariais acumuladas. Pleiteia ainda vale-refeição de R$ 25 e a regulamentação da jornada de 30 horas semanais para todos os funcionários da área. No ano passado, o governo concedeu reajuste de 7% aos servidores da saúde, considerado insuficiente pela entidade para repor a defasagem ocorrida dos últimos anos.

Segundo Benedito, a adesão no primeiro dia de mobilização deve ser grande na capital em cidades do interior. O atendimento de rotina (exames e consultas) está suspenso. Serão mantidos atendimentos de emergências.

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