Greve dos bancários faz BB e Caixa melhorarem propostas específicas

São Paulo – O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) chegaram na noite da sexta (14) a um acordo que pode encerrar a greve dos […]

São Paulo – O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) chegaram na noite da sexta (14) a um acordo que pode encerrar a greve dos funcionários do Banco do Brasil. A proposta prevê valorização do piso, melhoras na participação nos lucros ou resultados (PLR, que terá variação de 9,9% a 13,1% em relação ao primeiro semestre de 2010) e ampliação de conquistas nas áreas sociais e de saúde.

Na negociação, com a participação da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o banco reafirmou que vai seguir o reajuste de 9% proposto pela Fenaban sobre todas as verbas (aumento real de 1,5% acima da inflação) e o não desconto dos dias parados na greve, que serão compensados até 15 de dezembro.

O Comando Nacional vai orientar a aprovação da proposta nas assembleias previstas para a próxima segunda-feira (17) em todo o país. Somando os avanços obtidos na mesa unificada com a Fenaban com as conquistas da negociação específica, temos um cenário positivo”, avalia Marcel Barros, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e funcionário do BB. Para ele, a força da greve foi essencial para conseguir da direção do banco uma proposta que atendesse às reivindicações dos funcionários, definidas, segundo ele no congresso nacional da categoria.

Caixa 

Também a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa) vai orientar a categoria a aprovar a proposta conquistada nas negociações, igualmente concluídas na noite da última sexta-feira. A nova proposta específica inclui a manutenção da chamada PLR Social, valorização do piso e ampliação do quadro de funcionários – a direção se comprometeu a admitir 5 mil pessoas até o final de 2012 –, além de avanços em itens de saúde do trabalhador e no Saúde Caixa. Além disso, o banco também seguirá a proposta da Fenaban (reajuste de 9% em todas as verbas e compensação dos dias parados na greve). A Caixa concordou com a manutenção da PLR Social, que distribuirá 4% do lucro líquido de forma linear para todos os empregados – além da regra básica e parcela adicional da PLR acordada com a Fenaban.

“Avaliamos que a proposta é um avanço na política de recuperação dos salários, com aumento real e valorização do piso da categoria, além de ganhos sociais importantes”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e membro da CEE Caixa.

Para ele, é importante evitar que a campanha salarial seja levada ao TST. “As decisões de dissídios coletivos costumam ser desfavoráveis aos trabalhadores.”

Com informações da Contraf-CUT