Metrô mantém proposta, e trabalhadores vão decidir sobre greve

Sindicalistas sinalizam que aceitariam proposta de 8,5% de reajuste, mas empresa não sai dos 8%

São Paulo – A exemplo do que ocorreu com os ferroviários, a  audiência de conciliação entre o Sindicato dos Metroviários e a Companhia do Metropolitano (Metrô), nesta quinta-feira (2), terminou sem acordo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. O sindicato fará assembleia a partir das 18h30, quando os funcionários deverão decidir se entram em greve. Durante a audiência, os sindicalistas sinalizaram que poderiam aceitar uma proposta de 8,5%, enquanto a empresa manteve os 8% de reajuste.

Além dos 8%, a companha propõe vale-refeição de R$ 19,87 (também com aumento de 8%) e vale-alimentação de R$ 150. O sindicato reivindica reajuste de 10,79% (com base no IGP-M), 13,80% a título de produtividade, aumento de 13,9% para o vale-refeição e vale-alimentação de R$ 311,09. Segundo o TRT, o Metrô se comprometeu “a analisar e corrigir até o dia 30 de junho as defasagens salariais existentes entre empregados de mesmo cargo admitidos pelo mesmo concurso”. Para trabalhadores admitidos a partir de 2 de janeiro de 2009 para o mesmo cargo e por meio do mesmo concurso, a empresa diz assegurar o mesmo salário, “com exceção avaliação de desempenho e sanções disciplinares”. 

Em relação à participação nos resultados, a companhia propôs pagamento de uma parcela fixa de R$ 3.062,21 e uma variável de 40% do salário nominal, com garantia de valor mínimo de R$ 3.900,00. Mas isso dependeria do cumprimento de metas fixadas em acordo específico. Para os engenheiros, os valores são diferentes.

O TRT aumentou de 90% para 100% a exigência de funcionamento da frota em horários de pico. “Em caso de descumprimento, a multa fixada será cobrada imediatamente mediante apreensão por meios eletrônicos de bens dos responsáveis” – que podem ser tanto os sindicatos envolvidos como a empresa.

 

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