Professores de escolas municipais paulistanas protestam por férias coletivas em CEIs

Manifestação com mais de 2.500 pessoas, segundo a PM, pede reajuste salarial, fim da terceirização e redução da jornada de trabalho sem redução de salários

São Paulo – Professores, diretores e técnicos da rede municipal de ensino protestaram em frente à Secretaria do Planejamento de São Paulo, nesta quinta-feira (7). Eles reivindicam pagamento integral do reajuste salarial de 33,79%, fim da terceirização, garantia das férias coletivas em janeiro para os Centros de Educação Infantil (CEIs) e redução da jornada de trabalho. Uma assembleia com a categoria deve acontecer após a manifestação, para decidir se haverá greve.

As férias coletivas em janeiro foram definidas em 2007 e efetivadas a partir de 2008 nos CEIs da cidade. No entanto, uma ação da Defensoria Pública no Tribunal de Justiça de São Paulo exigiu que as unidades de ensino, que atendem crianças de zero a seis anos, mantenham-se abertas mesmo em janeiro. A prefeitura chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação do Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Claudio Fonseca, discursou na primeira etapa do evento. “O que tem a ver as férias com luta salarial? Tem tudo a ver. Se não tiver férias coletivas, as nossas condições de trabalho pioram”, justificou. “Queremos ampliação do quadro de professores, mas também redução da jornada de trabalho”, completou.

Segundo o comandante da Polícia Militar no local, identificado como tenente Moura, de 2.500 a 3 mil pessoas compareceram à manifestação. Durante o ato, os sindicalistas ressaltaram o descaso da Prefeitura de São Paulo com os profissionais das cerca de 140 CEIs que não têm direito às férias por causa da decisão de justiça.

“A campanha de servidores públicos na rua representa a luta de todos os trabalhadores e funcionários em geral. Na categoria, sempre temos a necessidade de reivindicar pelos nossos direitos”, acredita Fonseca.

Várias faixas faziam referência ao pagamento integral do reajuste salarial de 33,79%. Atualmente, a Prefeitura organiza o pagamento em três parcelas anuais de 10,19%. A Secretaria do Planejamento deverá receber representantes do Sinpeem.

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