Greve continua na Caixa e bancários insistem em negociação

Agência em São Paulo (Foto: Gerardo Lazzari) Os bancários da Caixa Econômica Federal desautorizaram o ajuizamento de dissídio coletivo e reafirmaram a disposição de negociar. A decisão foi tomada em […]

Agência em São Paulo (Foto: Gerardo Lazzari)

Os bancários da Caixa Econômica Federal desautorizaram o ajuizamento de dissídio coletivo e reafirmaram a disposição de negociar. A decisão foi tomada em assembleia nesta sexta (16). Depois da assembleia ficou conhecida a decisão do  vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, que indeferiu a liminar da Caixa Econômica Federal, que solicitava a declaração de abusividade da greve, e marcou audiência de conciliação e instrução para o dia 21, às 9h.

Nesta segunda-feira (19), a paralisação chega ao seu 26º dia, com assembleia marcada em São Paulo para as 16h. De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a greve será mantida até que haja nova proposta.

O Comando Nacional dos Bancários está em Brasília há dois dias – desde que a proposta da Caixa foi rejeitada, no dia 14, em assembleias de trabalhadores de todo o Brasil –, tentando buscar uma solução negociada com a direção do banco.

“As negociações ainda não foram esgotadas. Queremos resolver a campanha na mesa de negociação. Não será de forma unilateral que a Caixa resolverá os impasses”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários e membro do Comando Nacional dos Bancários.

Última proposta

A última negociação entre banco e trabalhadores ocorreu no dia 13 de outubro. Na reunião, a Caixa apresentou uma proposta com modificações apenas na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Confira abaixo a proposta e as reivindicações:

  • PLR – O banco se comprometeu a pagar de PLR o que for mais vantajoso para cada bancário: a proposta da federação dos bancos (Fenaban) ou a específica da Caixa.

    Pela regra da Fenaban, os bancários receberiam a regra básica composta por 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.024. Além disso, o funcionário receberia valor adicional de 2% do lucro líquido, divido em partes iguais entre os funcionários, com teto de R$ 2.100. De acordo com a Caixa, por esta regra básica e valor adicional, o bancário receberia até R$ 5.649, conforme expectativa de lucro projetado.

    Pela regra específica da Caixa, a PLR pode variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil de acordo com a função dos bancários.

  • Isonomia de direitos – Bancários reivindicam igualdade de direitos entre funcionários, já que os trabalhadores que ingressaram depois de 1998 têm menos direitos;
  • Mais contratações – Bancários exigem a ampliação das contratações de mais bancários, além das 3 mil previstas.
  • Plano de Cargos Comissionados – O banco se recusa a discutir uma política de valorização salarial e de evolução na carreira no Plano de Cargos Comissionados (PCC).

Com informações da Seeb-SP.

 

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