SP: garis entram em greve e exigem fim de demissões
Trabalhadores da limpeza pública protestam contra corte de 20% no orçamento. Demissões podem chegar a 3.300 até o final do ano
Publicado 21/09/2009 - 13h39
Garis iniciam greve em São Paulo devido a corte de 20% no serviço de limpeza pública (Foto: Rede Brasil Atual/Suzana Vier)
A cidade de São Paulo amanheceu nesta segunda-feira (21) com chuva e parte dos trabalhadores da varrição de ruas em greve por tempo indeterminado.
Desde que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou o corte de 20% no orçamento destinado à limpeza pública, 600 trabalhadores já foram demitidos e 1.900 estão em aviso prévio, informou Moacyr Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços em Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco), entrevista à Rede Brasil Atual.
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“Podemos chegar a 3.300 garis demitidos até o final do ano, se algo não for feito”, afirma Pereira.
De acordo com o sindicalista, o corte de 20% no orçamento da prefeitura representa 40% de redução para as empresas, porque ocorreu no segundo semestre do ano e o impacto é quase todo sobre os garis. “80% do serviço de varrição é mão-de-obra”, explica.
No primeiro dia de greve, 20% dos trabalhadores estão de braços cruzados em cada turno, enquanto 80% da categoria mantêm as atividades essenciais.
Segundo Pereira, os trabalhadores aguardam o julgamento da legalidade da greve pelo Tribunal Regional do Trabalho. “Nossa expectativa é que o TRT julgue nossa paralisação legal e conceda pelo menos 60 dias de estabilidade no emprego”.
Os trabalhadores reivindicam suspensão dos avisos-prévios, fim das demissões e readequação dos planos de varrição.
Nova reunião entre sindicato, prefeitura e empresas está marcada para a sexta-feira (25).