Protesto lúdico é reprimido em frente à prefeitura de SP

Guarda Civil Metropolitana destruiu biblioteca improvisada, montada em frente à prefeitura de SP, por servidores públicos municipais da educação, esporte e cultura

Manifestantes improvisam protesto lúdico, depois que biblioteca em frente à prefeitura foi reprimida por guardas civis (Foto: Rede Brasil Atual)

São Paulo – Os servidores públicos municipais de educação, esporte e cultura improvisaram uma pequena biblioteca em frente à prefeitura de São Paulo na tarde desta quinta-feira (6). O objetivo era pedir a aprovação do projeto de lei 46/2010 que estende a Gratificação de Desempenho de Atividade (GDA) a todas as carreiras de nível superior no município.

Mas a biblioteca e as atividades pedagógicas planejadas pelos manifestantes foram reprimidas pela Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM), que destruiu os materiais dos servidores. “Disseram que não podemos colocar um tapete, revistas e sentarmos para ler em frente à prefeitura”, critica João Batista Gomes, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autárquica do Município de São Paulo (Sindsep).

Apesar da repressão, um novo tapete foi providenciado e o protesto prosseguiu com um “tapete voador”, bolas e bambolês. “Já que não podemos ter um tapete no chão para interagir com a população, inventamos um voador para que não nos retirem daqui”, explica Gomes. “Nossa manifestação é pacífica, só queremos garantir nossos direitos”, argumenta o sindicalista.

A intenção dos manifestantes era chamar atenção da população para a importância do trabalho de bibliotecários, pedagogos e professores de educação física que atuam em equipamentos públicos municipais e foram excluídos do projeto de lei original, do Executivo, que cria a GDA.

O texto original sofreu alterações na Câmara Municipal de São Paulo e estende a gratificação a todos os profissionais com nível superior até 2012. O PL aguarda sanção do prefeito para entrar em vigor. “Como não foi proposta do prefeito, é provável que ele veto o PL”, opina Gomes.