Montadoras cedem, e metalúrgicos do ABC alcançam maior aumento da história

Assembleia autorizou direção a aceitar proposta caso empresários aceitassem pagar reajuste de uma só vez (Foto: Rossana Lana/Divulgação) São Paulo – As quatro montadoras que negociam com o Sindicato dos […]

Assembleia autorizou direção a aceitar proposta caso empresários aceitassem pagar reajuste de uma só vez (Foto: Rossana Lana/Divulgação)

São Paulo – As quatro montadoras que negociam com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aceitaram a reivindicação da categoria neste domingo (19). Com isso, foi confirmado o maior reajuste da história, com 10,8% – 9% na data-base e 1,66% de de correção da tabela salarial. Há ainda R$ 2.200 de abono.

No sábado (18), assembleia em frente à sede do sindicato, em São Bernardo do Campo (SP), havia rejeitado a proposta de dividir em duas parcelas o reajuste e o abono. Na oferta anterior da Ford, Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen, o reajuste da tabela viria apenas em agosto do próximo ano.

“Essa conquista é mais uma prova de que os metalúrgicos do ABC sabem trabalhar, mas também sabem negociar e lutar”, comemorou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Com data-base em 1º de setembro, a categoria terá 6,26% de aumento real, já que a inflação estimada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), ficou em 4,29% nos últimos 12 meses. “Um índice extraordinário, à altura da categoria e compatível com o bom momento econômico vivido pelas montadoras e também pelo país”, completou.

Na assembleia de sábado, os metalúrgicos autorizaram a direção do sindicato a fechar o acordo com os índices de aumento acima mais abono de R$ 2.200,00, se as montadoras concordassem em pagar o abono de uma vez só e também pagar o 1,66% na data-base (1° de setembro), junto com os 9%.

Também terão a mesma composição de aumento salarial (índices mais abono) os metalúrgicos de Taubaté, São Carlos (CGTB-Volks) e Tatuí (Força-Ford) que são representados pela Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT) na mesa de negociação.

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