Bancários entram em greve a partir desta quarta
Em SP, a presidente do sindicato, Juvandia Moreira, em assembleia com mais de duas mil pessoas (Foto: Gerardo Lazzari/ Seeb-SP/ Divulgação) São Paulo – Os bancários rejeitaram proposta de aumento […]
Publicado 28/09/2010 - 20h00
Em SP, a presidente do sindicato, Juvandia Moreira, em assembleia com mais de duas mil pessoas (Foto: Gerardo Lazzari/ Seeb-SP/ Divulgação)
São Paulo – Os bancários rejeitaram proposta de aumento salarial de 4,29%, que previa apenas a reposição da inflação, sem aumento real, e entram em greve a partir desta quarta-feira (29) em todo o país. Em São Paulo, mais de duas mil pessoas participaram da assembleia que decidiu pela paralisação.
- 11% de reajuste salarial.
- Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
- PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
- Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
- Previdência complementar em todos os bancos.
- Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
- Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.
- Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
- Planos de carreira, cargos e salários (PCCS) em todos os bancos.
“Os banqueiros empurraram os bancários à greve. As instituições financeiras não apresentaram aumento salarial acima da inflação, apesar do crescimento econômico do país e do excelente resultado dos bancos, que lucraram em média 29% mais do que o ano passado”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Os bancários não saem desta campanha sem aumento real de salários, valorização do piso, PLR maior e melhoria nas condições de saúde. A Fenaban tem de apresentar uma proposta à altura das reivindicações da categoria e dos resultados dos bancos”, ressaltou.
Além de São Paulo, outros 35 sindicatos já aprovaram a paralisação (até as 20h40). De acordo com o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, as decisões tomadas em assembleias demonstram “a indignação dos bancários com a postura intransigente dos bancos”.
“Com os lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos somente por cinco bancos no primeiro semestre deste ano, é possível o atendimento das demandas da categoria e garantir melhor qualidade de vida”, destaca.