Greve de vigilantes fecha agências bancárias e continua depois do carnaval

Greve de um dia, realizada hoje (8), fechou bancos da avenida Paulista, do centro e da zona norte da capital paulista; categoria pede adicional de 30%, previsto em lei

São Paulo – Vigilantes de bancos e transportadoras de valores de São Paulo e Campinas, no interior, fizeram hoje (8) uma greve de um dia e voltam a parar depois no carnaval, na quarta-feira de cinzas (13). Eles reivindicam o cumprimento da Lei 12.740, sancionada em dezembro, que prevê adicional de periculosidade de 30%. Atualmente, o percentual está em 18%.

Como uma outra lei, a 7.102/83, prevê que a agência bancária só abra com, no mínimo, dois vigilantes, representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região organizaram as ações para impedir que as agências funcionassem irregularmente, principalmente no centro da cidade, na avenida Paulista e na zona norte. Ainda não há um balanço de quantas agências não abriram durante o dia.

A secretária-geral do sindicato, Raquel Kacelnikas, afirmou que a entidade apoiou a luta pelo adicional de 30% e defende melhores condições de trabalho para a categoria. “Sem segurança, unidade de nenhuma instituição financeira abrirá e cabe à Polícia Federal fiscalizar”, afirmou.

Campinas realizou a primeira paralisação no dia 1º, quando também aderiram os municípios paulistas de Piracicaba, Bauru, Franca, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André. Também nesse dia, foram realizadas manifestações em todos os estados. “No país, os adicionais variam entre 3% e 30%. Em São Paulo conseguimos um aumento de 15% para 18%, mas queremos fazer valer os 30%, que são garantidos em lei”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV-PS), José Boaventura Santos.

De acordo com ele, Roraima, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal e Tocantins conseguiram avanços nas negociações com os empregadores depois dos atos. Haverá uma plenária nacional em 1º de março, em São Paulo, para definir as novas manifestações da categoria.