Postura antissindical de presidente da Nissan tem forte repercussão

Glover, ativista por direitos civis, está empolgado com a campanha contra as práticas da empresa no Mississipi (Foto: Paulo Donizetti de Souza/RBA) Jackson (Mississippi) – “Onde há sindicato não há […]

Glover, ativista por direitos civis, está empolgado com a campanha contra as práticas da empresa no Mississipi (Foto: Paulo Donizetti de Souza/RBA)

Jackson (Mississippi) – “Onde há sindicato não há empresa.” A frase, pronunciada pelo presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn, foi o principal assunto de uma reunião da qual participaram hoje (30) integrantes da United Auto Workers (UAW), os sindicalistas brasileiros Vagner Freitas e João Cayres e o ator Danny Glover, um ativista persistente pelos direitos civis, que está empolgado com a campanha contra as práticas discriminatórias e antissindicais da empresa em sua unidade na cidade americana de Canton, no Mississippi. 

Danny Glover afirmou que o pensamento do executivo contradiz a realidade em diversos países onde a montadora atua, como França, Japão, Brasil e África do Sul, nas quais a presença de sindicatos em nada atrapalha o desempenho da empresa.

Freitas lembrou que, diante do momento econômico favorável no Brasil, a montadora espera dobrar sua presença no país e superar concorrentes diretos, como a Honda. No entanto, poderá enfrentar a antipatia da opinião pública, uma vez que a reunião desta manhã deu sinais de que uma forte campanha poderá, em breve, atingir em cheio a imagem da empresa nesses países.