Com impasse na negociação, Correios voltam a recorrer ao TST

Empresa entrou hoje com pedido de dissídio coletivo; audiência foi marcada para a próxima quarta-feira

São Paulo – A exemplo do que aconteceu no ano passado, a campanha salarial dos trabalhadores nos Correios foi parar na Justiça do Trabalho. A direção da ECT informou hoje (13) que entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Além de pedir a intermediação do TST, “em vista da greve e do esgotamento das negociações”, a empresa pede a revisão do acórdão atual, resultado do dissídio de 2011, e afirma que quer “esclarecer dúvidas” sobre cláusula relativa ao vale-refeição. O tribunal marcou audiência de conciliação para a próxima quarta-feira (19), às 10h30.

Com impasse nas negociações, algumas bases já decretaram greve. Segundo a Fentect, federação nacional da categoria, a paralisação já foi decidida em Minas Gerais e no Pará, envolvendo 17 mil trabalhadores. Outras assembleias estão marcadas para as duas próximas terça-feiras (18 e 25). Os sindicalistas reivindicam 43,7% de reajuste salarial, além de R$ 200 lineares a todos os funcionários. A ECT ofereceu inicialmente 3% de aumento – na semana passada, aumentou o índice para 5,2%, também rejeitado. Eles também querem a contratação imediata de 30 mil funcionários, além de melhoria nas condições de trabalho e fim das terceirizações.

“Desde o dia 3 de julho a empresa tenta, por meio do diálogo, negociar com as entidades sindicais”, afirmam os Correios, em nota. Segundo a companhia, o índice proposto garante “o poder de compra do trabalhador”, e nos últimos anos 21 meses a ECT contratou 10 mil empregados e está admitindo mais 9.904 até 2013. Ainda conforme a empresa, o recurso ao TST tem o objetivo “de garantir a normalidade do atendimento à população brasileira”.

 

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