Governo assina acordo com federação de professores federais, mas base quer manter greve

Os professores da UFRJ, filiados à Andes, mantêm a greve. Assembleias serão realizadas na próxima semana (Foto: Fabio Teixeira. Folhapress) São Palo – Uma das federações que representam os professores […]

Os professores da UFRJ, filiados à Andes, mantêm a greve. Assembleias serão realizadas na próxima semana (Foto: Fabio Teixeira. Folhapress)

São Palo – Uma das federações que representam os professores de universidades federais assinou hoje (3) acordo com o Ministério do Planejamento para aceitar a proposta de reajuste salarial de 25% a 40%, mas os docentes na base dão sinais de que preferem manter a greve iniciada há 78 dias. 

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) foi a única das três que representam os docentes que aceitou os termos apresentados na quarta-feira (1º) à noite. Na ocasião, o governo federal informou que havia atingido o limite da proposta possível, e que os profissionais deveriam retomar as atividades. 

Agora, apesar disso da orientação da Proifes, sindicatos de ao menos duas universidades ligadas à entidade afirmaram que não aceitam a proposta e mantêm a greve. Recusaram os termos fechados com o governo as universidades federais da Bahia (UFBA) e do Ceará (UFCE). A federal de Goiás realiza a assembleia na tarde de hoje para definir se mantém ou não a greve. O Proifes entende, de acordo com sua assessoria de imprensa, que se trata de grupos ligados ao comando de greve, que não representam a maioria dos sindicatos.

O presidente da Proifes, Nilton Brandão, admite que a proposta do governo não contempla a reivindicação salarial dos servidores, mas atenderia a algumas exigências da federação. “Conseguimos garantir a progressão para o titulado e avaliamos que a carreira agora está melhor do que antes. Quanto aos salários, não avançamos significativamente.”

O órgão congrega oito universidades federais: da Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Carlos, no interior de São Paulo, e Rio Grande do Norte, que não aderiu à greve. Representa, ao todo, professores de 21 instituições de ensino superior, em 77 campi.

Não aceitaram a proposta do governo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que reúne 54 universidades, e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que congrega cerca de 300 campi dos Institutos Federais de Educação Técnica. Os sindicatos filiados aos órgãos vão realizar assembleias até terça-feira (7) para definirem se continuam com a greve.

De acordo com as entidades, a proposta não assegura a progressão na carreira nem garante ganhos reais aos professores, com os aumentos previstos entre 25% e 40%.  Para o presidente da Proifes, Nilton Brandão, as propostas relacionadas a carreira atendem às reivindicações, porém as salariais deixam a desejar. “Conseguimos garantir a progressão para o titulado e avaliamos que a carreira agora está melhor do que antes. Quanto aos salários, não avançamos significativamente. Mas era pegar ou largar”.

Para o Ministério do Planejamento o momento agora é de espera, para que as demais instituições deliberem sobre o andamento da greve.

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