Petroleiros cobram nova contraproposta e mantêm ameaça de greve

Federação da categoria deu prazo até segunda-feira para a Petrobras

São Paulo – Depois de dois dias de reunião,  encerrada neste sábado (12), os representantes dos petroleiros decidiram cobrar uma nova contraproposta da Petrobras até segunda-feira (14). Caso isso não aconteça, os sindicalistas marcarão a data de início da greve, que pode começar já na próxima (16), apesar de esforços do governo para evitar a paralisação. O impasse agora está relacionado a questões de segurança. Na última quinta (10), prazo final estipulado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a empresa elevou a proposta financeira para 10,71% – o que segundo a FUP representa aumento real de 2,5% a 3,25% –, além de abono equivalente a 100% de uma remuneração bruta ou R$ 6 mil (o valor maior). Os petroleiros têm data-base em 1º de setembro.

“O Conselho Deliberativo reafirmou a necessidade da greve e a importância do fortalecimento das paralisações surpresa e ´Operação Gabrielli´ para buscar os avanços necessários, principalmente no que diz respeito às questões de segurança e demais reivindicações sociais”, diz nota divulgada pela FUP. Integram o conselho, além de dirigentes da própria federação, integrantes dos sindicatos filiados. A “Operação Gabrielli” (referência ao presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli) consiste em “paralisações surpresa” em diversas unidades, incluindo o cumprimento de todos os procedimentos de segurança da empresa, corte de rendição de turnos e atraso do expediente. Na última quinta, por exemplo, os trabalhadores da Refinaria do Planalto (Replan), em Paulínia (SP), cortaram emissões das chamadas PTs (Permissão de Trabalho), paralisando obras de conservação, manutenção e serviços de urgência.

“A data de início da greve será apontada pela FUP e seus sindicatos no decorrer dos próximos dias., informou a FUP, ressaltando o prazo de segunda-feira para a Petrobras e subsidiárias apresentarem “uma nova contraproposta completa”.