Metalúrgicos de fundição e máquinas do ABC rejeitam proposta das empresas

Categoria quer percentual maior de reajuste nas próximas rodadas de negociação

São Paulo – A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT-SP) recusou as propostas feitas em mesa de negociação das bancadas patronais dos grupos de fundição e máquinas e eletrônicos, na última quinta-feira (8). A reunião foi dedicada a discutir as cláusulas de participação de lucros ou resultados (PLR) para o grupo de fundição e para a realização de campanhas educativas em combate ao câncer de mama.

Sem acordo sobre aumento salarial, as empresas ofereceram 9% de reajuste à fundição (7,4% de reposição da inflação, calculada pelo INPC, e mais 1,49% de aumento de real) e 8,5% (1,02% de aumento real) ao grupo 2 (que reúne os setores de máquinas e eletrônicos). As próximas rodadas com os grupos acontecem na próxima semana.

O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques, o Biro Biro, declarou que as propostas não atendem a categoria e espera que nas próximas negociações as bancadas patronais avancem suas propostas. “Vamos continuar a pressão e já dissemos que as mobilizações nas fábricas em todo o Estado continuarão permanentes”, prometeu.

Outros grupos, como o 3 (de autopeças, forjaria e parafusos), 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração) e 10 (setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico) também recusaram propostas apresentadas.

Os 250 mil trabalhadores que compõem a base da FEM-CUT/SP no estado pedem por reposição integral da inflação com aumento real nos salários, valorização nos pisos salariais, licença maternidade de 180 dias, ampliação nos direitos sociais, organização sindical no local de trabalho e jornada de 40 horas semanais sem redução no salário. A data-base da categoria é 1º de setembro.