Professores do Rio rejeitam 3,5% de aumento e continuam em greve

Parados há 58 dias, trabalhadores da educação pretendem pressionar por proposta melhor do governo

Professores decidem continuar a greve, que dura quase dois meses (Foto: Sepe/divulgação

São Paulo – Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram em assembleia nesta quarta-feira (3) continuar em greve, que já dura há 58 dias. A proposta de 3,5% de reajuste salarial oferecida pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) foi rejeitada pelos  trabalhadores, que em seguida foram em passeata pelo centro da capital fluminense em direção à Assembleia Legislativa. Eles pedem 26% de reajuste.

O índice de reajuste, anunciado no início da semana pelo secretário da Educação, Wilson Risolia, foi considerado “insatisfatório” pela categoria. Além da proposta, o governo ofereceu a antecipação da parcela de 2012 do programa Nova Escola (retroativo a julho) e descongelamento do plano de carreira dos funcionários. Já os trabalhadores pedem a incorporação imediata de todas as parcelas do Nova Escola e criticam o parcelamento da antecipação que, segundo eles, só disfarçaria o aumento.

Até junho deste ano, a média salarial dos professores era R$ 765,66. Com o acréscimo da parcela do Nova Escola mais os 3,5% em setembro, passariam a receber R$ 865,30. Segundo eles, o reajuste de 26% elevaria a menor faixa de salário ao patamar de R$ 958,37.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) tem se reunido com autoridades e parlamentares em busca de apoio. Em reunião na última segunda-feira (3), o presidente da Assembleia, deputado Paulo Mello (PMDB), se comprometeu a “interceder pessoalmente” ao governador, para melhorar a proposta.

Enquanto isso, os professores organizam outras atividades para conseguir uma proposta melhor, como o acampamento em frente à Secretaria de Estado de Educação e da Assembleia. Nova assembleia será realizada na próxima terça (9), nas escadarias da Assembleia.

Risolia declarou na semana passada que os funcionários que continuarem em greve sofrerão descontos no salário. A secretaria informou que, para atender as escolas, 4.441 novos professores entrarão na rede estadual nos próximos 15 dias.

 

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