Trabalhadores do Mineirão decidem continuar em greve

Presidente do sindicato disse que proposta 'mais pareceu uma ofensa'

Trabalhadores querem aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho (Foto: Hoje em dia\ Folhapress)

São Paulo – Os operários que trabalham na reforma do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, decidiram manter a greve iniciada na quarta-feira (15). Após reunião para tentar chegar a um acordo sobre a paralisação, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Belo Horizonte e região, Osmir Venuto, chegou a dizer que a proposta de representantes do consórcio responsável pelas obras “mais pareceu uma ofensa”.

As reivindicações dos trabalhadores consistem na elevação do piso salarial de R$ 926 para R$ 1.250, recebimento de uma cesta básica de 35 quilos, participação nos lucros ou resultados (PLR) e pagamento de hora extra a 100%, e não 60%, como é feito atualmente.

De acordo com Venuto, os representantes do consórcio  apenas ofereceram uma cesta básica no valor de R$ 60. “Ainda disseram para voltarmos ao trabalho hoje (quinta-feira). Então, se voltássemos, daqui a dez dias iriam apresentar outra proposta. Soou como ofensa para nós.” O consórcio responsável pela obra no estádio, que visa à Copa do Mundo em 2014, é o Minas Arena, composto pelas empresas Egesa, Hap e Construcap.

O governo mineiro, por meio da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), informou, em nota, que “acompanha o processo e aguarda solução rápida para a paralisação parcial, que atinge cerca de 40% da obra”. A Secopa ainda garantiu que a paralisação não influenciará no prazo de entrega do Mineirão, que está prevista para dezembro de 2012.