Serviço funerário de São Paulo programa paralisação para a próxima terça-feira
Trabalhadores consideram insuficiente proposta de aumento do piso de R$ 545 para R$ 630
Publicado 15/06/2011 - 17h14
São Paulo – Os trabalhadores do setor funerário de São Paulo decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira (21). Em assembleia realizada na última terça (14), foi discutida a proposta da prefeitura paulistana de estender a gratificação aos funcionários e aumentar o piso mínimo da categoria de R$ 545 para R$ 630, o que ainda é considerado insuficiente pelos servidores.
- 39% de reajuste;
- Mudança da lei salarial;
- Extensão da Gratificação de Atividade para todos do nível médio e do nível básico;
- Extensão da GDA para todos do nível universitário;
- Negociação da pauta da saúde;
- Reposição dos dias parados;
- Fim do assédio moral;
- Revisão dos planos de carreira;
- Incorporação das gratificações e extensão de todos os direitos para os aposentados.
Para Luiz Rezende, diretor-executivo do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep-SP), a paralisação do serviço funerário será a “ponta de lança” para a greve geral do funcionalismo público. “É um caso como o dos bombeiros (do Rio de Janeiro), que causa certa comoção da população. Outros servidores simpatizam com a causa, como os bibliotecários e professores que já têm uma discussão avançada sobre suas situações”, disse.
Segundo ele, os funcionários do setor funerário seguirão à assembleia geral na próxima terça já em estado de greve, pois não consideram como aumento o reajuste proposto pelo governo estadual após manifestação geral dos servidores públicos, na última semana. Eles reivindicam reajuste de 39% – elevando o piso para cerca de R$ 757 –, resposta sobre a gratificação de atividade retroativa a janeiro aos agentes de apoio, retomada do pagamento dos precatórios e melhores condições de trabalho.
Os funcionários do serviço funerário, em conjunto com outros setores do funcionalismo público (bibliotecários, educação e centro de zoonoses, entre outros), protestam há dois meses contra os reajustes anuais de 0,01% previstos pela legislação municipal. A correção é aplicada desde 2006, enquanto a inflação acumulada no período é de 28%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
Reportagem: Guilherme Amorim, Rede Brasil Atual
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