Sem acordo salarial no TRT, ferroviários de São Paulo discutem nova greve

Audiência com a CPTM não teve acerto sobre reajuste. Tribunal marcou julgamento para a próxima quarta-feira

Ferroviários podem decidir por greve em assembleia às 18h (Foto: Divulgação/Sindicato dos Ferroviários de São Paulo)

São Paulo – Terminou sem acordo a audiência entre sindicatos dos ferroviários e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, nesta sexta-feira (10). A empresa apresentou os mesmos índices de reajuste oferecidos anteriormente, totalizando 3,27%, ante os 5% de aumento real reivindicados pelos trabalhadores. O TRT marcou o julgamento do dissídio coletivo para a próxima quarta-feira (15), a partir das 15h30.

O funcionamento das linhas 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí), 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz-Estudantes), 12-Safira (Brás-Calmon Viana), 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) depende de assembleias em quatro sindicatos da categoria, às 18h desta sexta. Os funcionários fizeram uma paralisação no início do mês, mas, mesmo retomando o trabalho, decidiram manter estado de greve até que fosse apresentada uma proposta melhor pela CPTM.

Na audiência, os sindicatos de trabalhadores apresentaram o que chamaram de proposta final em relação aos itens ainda pendentes: reajuste com base no IPC-Fipe de janeiro de 2010 a fevereiro de 2011, 5% de aumento real e vale-refeição de R$ 19 (com o número de unidades passando de 22 para 24). A CPTM ofereceu reajuste de 1,75% (IPC-Fipe de janeiro e fevereiro deste ano) e 1,5% a título de produtividade, o que totaliza 3,27% e vale-refeição de R$ 18, mantendo as 22 unidades. A licença-maternidade de 180 dias também foi contemplada pela proposta da estatal ligada à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos.

O desembargador David Furtado Meirelles, que presidiu a audiência, exige que seja mantido efetivo de 90% dos serviços em horário de pico (5h às 10h e 16h às 20h) e 70% nos demais horários em caso de greve. A multa, em caso de descumprimento, foi fixada em R$ 200 mil por dia.

Leia também

Últimas notícias