Metroviários de São Paulo desistem de greve e aprovam reajuste de 8%

Acordo inclui ainda PLR, vale-alimentação e reajuste do vale-refeição

São Paulo – Os metroviários de São Paulo desistiram da greve e aprovaram, em assembleia na noite desta quinta-feira (2), a proposta de 8% de aumento salarial feita pela Companhia do Metropolitano (Metrô). O acordo inclui ainda reajuste em benefícios, como o vale-refeição, vale-alimentação de R$ 150 e licença-maternidade de 180 dias.

À tarde, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região havia determinado a manutenção de 100% do contingente no horário de pico (5h às 10h e 16h às 20h) e 70% nos demais horários em caso de greve, com risco de multa de R$ 200 mil por dia, se a  ordem fosse descumprida.

Segundo o TRT, o Metrô se comprometeu “a analisar e corrigir até o dia 30 de junho as defasagens salariais existentes entre empregados de mesmo cargo admitidos pelo mesmo concurso”. Para trabalhadores admitidos a partir de 2 de janeiro de 2009 para o mesmo cargo e por meio do mesmo concurso, a empresa diz assegurar o mesmo salário, “com exceção avaliação de desempenho e sanções disciplinares”. 

Durante a audiência, havia sinalização de que os trabalhadores aceitariam desistir da greve com reajuste de 8,5%, mas o Metrô manteve os 8%. Os metroviários pediam 10,79% de reajuste salarial (com base no IGP-M), 13,80% a título de produtividade, aumento de 13,9% para o vale-refeição e vale-alimentação de R$ 311,09.  

Em relação à participação nos resultados, a companhia propôs pagamento de uma parcela fixa de R$ 3.062,21 e uma variável de 40% do salário nominal, com garantia de valor mínimo de R$ 3.900,00, dependendo do cumprimento de metas. No caso dos engenheiros, os valores são diferentes.