Centrais sindicais iniciam mobilização nacional e reivindicam mais direitos

São Paulo – Cinco centrais sindicais iniciam, nesta terça-feira (14), um processo de mobilização nacional para pressionar governo e Congresso Nacional por melhorias trabalhistas e mais direitos. Até agosto, Força […]

São Paulo – Cinco centrais sindicais iniciam, nesta terça-feira (14), um processo de mobilização nacional para pressionar governo e Congresso Nacional por melhorias trabalhistas e mais direitos. Até agosto, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central (NCST) vão promover ações em busca da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, do fim do fator previdenciário e de outras mudanças.

A partir desta terça, cerca de 100 dirigentes sindicais estarão em frente ao Congresso Nacional todas as terças e quartas-feiras para pressionar deputados e senadores a votar projetos sobre direitos de trabalhadores. A regulamentação da terceirização de funcionários e a ratificação de convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) também vão estar na pauta.

Em julho, estão programadas mobilizações em todas as regiões do país. No dia 6, vão para as ruas os trabalhadores do Centro-Oeste; no dia 14, do Norte; no dia 21, do Nordeste; no dia 28, do Sul; e no dia 3 de agosto, do Sudeste. “Em São Paulo, faremos nosso grande ato”, complementou o presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP).

“Em São Paulo, na avenida Paulista, vamos levar mais de 100 mil pessoas”, informou Ricardo Patah, presidente da UGT. Ele conversou com a Rede Brasil Atual por telefone, diretamente de Genebra, na Suíça, onde participa de convenção da OIT.

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (13) para a apresentação do calendário de mobilização, Paulinho disse que a ideia das centrais é acelerar a negociação e conseguir as mudanças reivindicadas pelos sindicalistas ainda neste ano. “Fizemos alguma coisa no primeiro semestre. Agora, no segundo semestre, queremos entrar com o pé no acelerador”, afirmou.

Segundo os dirigentes, todas as propostas estão em discussão há vários anos. Algumas, como o fim do fator previdenciário e a regulamentação da terceirização, podem ser aprovadas com mais facilidade, avaliam. Já outras, como a redução da jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais, só receberão o aval do Congresso com “mais pressão”.

“A redução da jornada para 40 horas é a aposta do movimento sindical para esse ano”, afirma Patah.  De acordo com o sindicalista, a redução vai significar a inclusão “daqueles que ainda estão à margem do mercado de trabalho” e a possibilidade de investir em qualificação profissional. 

Movimentos sociais também devem integrar a agenda de manifestações, segundo as centrais. Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, vice-presidente da CGTB, afirmou que a política econômica do governo federal está equivocada e, além dos trabalhadores, movimentos estudantis, feministas e da população negra devem estar presentes nas manifestações. “Existe uma pressão dentro do governo para a volta de uma pauta derrotada, a do neoliberalismo.”

CUT

Primeira a decidir por uma mobilização nacional no dia 6 de julho, a CUT deve reunir em Brasília militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP), Marcha Mundial das Mulheres e outras entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais.

Segundo João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força, as demais centrais que realizam mobilizam no Centro-Oeste se unem às atividades da CUT no dia 6.

A pauta de reivindicações da CUT engloba temas como mais e melhores empregos e salários, redução da jornada de trabalho sem redução de salários, fim do fator previdenciário, combate à precarização do trabalho e à terceirização, reforma agrária e políticas agrícolas, aprovação do Plano Nacional de Educação em 2011, reforma política e tributária e mudanças na estrutura sindical.

Com informações da Agência Brasil

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