Relançada, frente parlamentar vai debater novas funções dos Correios

Após encontro com sindicalistas, frente irá debater na Câmara a ampliação da atuação da estatal

Em reunião, parlamentares, sindicalistas e o presidente dos Correios debateram medida provisória (Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)

São Paulo – Reunião entre representantes dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e deputados federais em Brasília selou a recriação de uma frente parlamentar em defesa da estatal. O tema do encontro da manhã desta quinta-feira (12) foi a medida provisória que amplia a atuação da empresa. O presidente da estatal, Wagner Pinheiro, também esteve presente.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) irá liderar a frente, que já conta com cerca de 200 assinaturas de deputados como Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP) e Nelson Pelegrino (PT-BA), que apoiam o debate a respeito do plano de reestruturação dos Correios. O grupo defende que a estatal seja conduzida de forma que a garantir que a empresa tenha capital 100% público.

Do ponto de vista do secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, a discussão foi positiva e reforçou pontos em que a categoria tinha dúvidas. “Estamos com menos dúvidas sobre as mudanças que podem acontecer e mais preparados para lutar por uma empresa com mais qualidade”, disse. Os sindicatos cobravam diálogo para que os trabalhadores fossem incluídos no processo.

Para Almeida, os Correios têm sido alvo de interesse de outros setores. “Nosso papel é defender os Correios e seus trabalhadores das investidas de alguns setores de comunicação, que têm feito pressão pela quebra do monopólio”, afirmou.

A presidenta Dilma Rousseff editou no final de abril a Medida Provisória 532, que, além de regulamentar o etanol, altera os três primeiros artigos de decreto-lei de 1969, do estatuto dos Correios, possibilitando atuação no exterior, aquisição de subsidiárias e prestação de serviços de logística e serviços financeiros com banco postal próprio. Apesar de representar um fortalecimento da empresa, a Fentect considera que as ameaças de privatização não estão descartadas.

Com informações da Agência Câmara.