Ferroviários rejeitam proposta e decidem por greve em quatro linhas da CPTM

Trabalhadores ligados aos sindicato da Zona Sorocabana e da Central do Brasil definem paralisação; demais entidades da categoria aguardam nova proposta da CPTM

São Paulo – Quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) podem ser interrompidas a partir desta quarta-feira (1º) com a rejeição da proposta de reajuste por trabalhadores ligados a dois dos quatro sindicatos da categoria. A paralisação atinge as linhas 8-Diamante – da estação Júlio Prestes a Itapevi – e 9-Esmeralda –de Osasco a Grajaú (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana) e 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana), na base do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasi.

Em assembleia, os ferroviários rejeitaram nova proposta da CPTM, feita durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. O TRT determinou que pelo menos 90% da frota esteja em operação nos horários de pico (das 5h às 10h e das 16h às 20h). A contraproposta da CPTM foi de reajuste de 3,07%, o que corresponde a 1,75% do IPC-Fipe de janeiro e fevereiro de 2011 e 1,3% de aumento real. O vale-refeição mensal tem reajuste de 8,77%, para R$ 17 ao dia.

As entidades reivindicam reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, pelo maior índice (entre INPC-IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), aumento real de 5% e mudanças no plano de cargos e salários. A data-base é 1º de março.

Diariamente, cerca de 2,4 milhões de pessoas passam pelas linhas da CPTM, que é vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.

A CPTM informou que acionou plano de contingência, de manutenção dos serviços essenciais, além de preparar esquema especial “para garantir o acesso de todos os empregados que queiram trabalhar”. A companhia destacou a decisão do TRT sobre manutenção da frota.

 

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