SUS bancará troca de próteses rompidas de marcas PIP e Rofil

São Paulo – O Sistema Único de Saúde (SUS) irá bancar a troca de próteses de silicone que estejam rompidas dentro dos seios das mulheres. Os implantes das marcas francesa […]

São Paulo – O Sistema Único de Saúde (SUS) irá bancar a troca de próteses de silicone que estejam rompidas dentro dos seios das mulheres. Os implantes das marcas francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa Rofil vinham apresentando problemas de rompimento e oferecendo risco à saúde das usuárias que optaram pelo silicone para uma reconstrução mamária ou por estética, em ambos os casos o governo financiará a troca.

Estima-se que 12,5 mil brasileiras tenham recorrido a próteses da PIP e 7 mil, da Rofil. Desde abril de 2010, 39 mulheres enviaram queixas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reclamando  de ruptura da prótese da PIP. Todas já trocaram o implante. As principais queixas são de dores e deformidades no seios.

O Ministério da Saúde já havia declarado anteriormente que bancaria a troca de próteses em casos de reconstrução, ou seja, não exclusivamente estéticos. O financiamento da substituição também nos casos em que a cirurgia tenha sido feita com fins estéticos foi determinada por resolução da presidenta Dilma Rousseff. Na última terça-feira (10), a Anvisa já havia anunciado o cancelamento do registro dos implantes no país.

O diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, falou sobre a decisão após uma reunião com representantes de cirurgiões plásticos. “A partir do momento que se identifica a ruptura do implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e vai amparar as mulheres independentemente da origem da prótese”, disse.

Uma usuária da prótese PIP, Denise Villar Berretta, relatou ao portal G1 o seu drama vivido em 2010, três anos após ter implantado a peça. Ela disse que devido ao vazamento do líquido, houve uma impregnação da substância em seu seio, gerando um tumor na região. Ela classificou a prótese como “uma bomba atômica dentro da gente”.

A Anvisa e os médicos farão um rastreamento das pacientes para chamá-las para uma avaliação clínica. Ainda nesta quinta, deverá ser divulgado um protocolo e uma lista de quais exames as pacientes devem fazer e os serviços de saúde públicos a serem procurados.

Com informações da Agência Brasil

Leia também

Últimas notícias