Calendário de vacinação infantil inclui imunização contra mais duas doenças

São Paulo – O calendário de vacinação de crianças no Brasil terá imunização contra mais duas doenças a partir do segundo semestre deste ano. A informação foi divulgada pelo Ministério […]

São Paulo – O calendário de vacinação de crianças no Brasil terá imunização contra mais duas doenças a partir do segundo semestre deste ano. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (18). São duas vacinas injetáveis, uma para paralisia infantil e outra chamada de pentavalente, contra cinco doenças, que incorpora componentes contra uma enfermidade a mais do que a empregada até então, a tetravalente.

No caso da poliomelite, a distribuição de doses orais (a gotinha) será mantida. Enquanto a injetável usa o vírus morto, a segunda tem organismos vivos atenuados, quer dizer, enfraquecidos. Em outros países do mundo, a imunização por via oral contra a paralisia infantil já foi deixada de lado. O Brasil não tem caso da doença há mais de 20 anos, mas em 2011 duas suspeitas de poliomelite foram registradas. A opção de manter as duas modalidades é recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) até que a doença seja eliminada no mundo inteiro.

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A versão injetável, aplicada a bebês de dois a quatro meses, é considerada mais eficiente e com menos riscos de efeitos colaterais. Um reforço será feito entre seis e 15 meses.

Na prática, a campanha contra a paralisia infantil manterá duas fases. Na primeira, em 16 de junho, crianças com menos de cinco anos receberão a dose oral, mesmo se já tiverem sido imunizadas antes. Na segunda, em agosto, os postos de saúde vão distribuir outras vacinas que estiverem atrasadas.

Da penta à heptavalente

A outra vacina incluída no calendário imuniza crianças aos dois, quatro e seis meses contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B. A pentavalente incorpora a prevenção à hepatite, antes aplicada separadamente. Com a implantação da pentavalente haverá uma economia de R$ 700 mil ao ano, devido à redução no preço da vacina, além de reduzir custos de transporte, armazenamento e material, como seringas e agulhas.

Haverá reforço contra três dessas enfermidades entre o primeiro e o segundo anos de vida e entre quatro e seis anos de idade. Récem-nascidos continuam a receber uma dose contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida, de modo a prevenir transmissão da mãe para a criança.

Daqui quatro anos, o ministério promete que outras duas doenças serão imunizadas, tornando-a heptavalente. A própria poliomielite e a meningite C serão incluídas conjugada. “As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que poderá resultar em uma maior cobertura vacinal”, observa o ministro Alexandre Padilha.

A vacina heptavalente será desenvolvida em parceria com laboratórios Fiocruz/Bio-manguinhos, Instituto Butantan e Fundação Ezequiel Dias. A tecnologia envolvida é resultado de um acordo de transferência entre o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, e o laboratório Sanofi.

O calendário completo está na página do Ministério da Saúde.

Com informações da Agência Brasil

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