Dilma diz que SUS adotará sistema de internação domiciliar

Modelo de assistência 'home care' é empregado para pacientes que demandam cuidados contínuos menos complexos e que podem ser mantidos em casa para recuperação mais rápida

Dilma Rousseff, em viagem de trabalho ao Ceará (Foto: Roberto Stuckert/Presidência)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (11), no Ceará, que o Ministério da Saúde irá adotar uma nova medida de atendimento domiciliar aos pacientes que necessitem de cuidados após os procedimentos nos hospitais públicos conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Vamos montar uma estrutura de acompanhamento de pessoas em fase de recuperação. Com isso iremos desocupar leitos”, garantiu a presidenta em entrevista às rádios Verdes Mares e Jangadeiro.

Dilma ainda observou a importância da participação dos governos estaduais e municipais para o sucesso do novo sistema, que ainda este ano terá o investimento de  R$ 36,5 milhões, e promete garantir cuidados a doentes que não necessitarem da estrutura completa de um hospital. “Ela (a pessoa doente) pode ficar em casa se tiver alguém para cuidar. Vamos financiar a estrutura de acompanhamento dessas pessoas que estão em fase de recuperação”, assegurou.

A internação domiciliar, ou home care, é adotado para pessoas que demandam cuidados contínuos de menor complexidade, sem necessitar de toda a estrutura de um hospital. Segundo especialistas de saúde, o sistema evita exposição dos pacientes ao ambiente – com menor risco de infecções. Defensores do modelo consideram que a recuperação tende a ser acelerada se a pessoa pode permanecer em casa, com os devidos cuidados. Convênios médicos já adotam o mecanismo, também com o intuito de reduzir custos, já que a ocupação de um leito de hospital é despendiosa para as empresas.

Bola e escola

As obras para a Copa do Mundo de 2014 também foram destacadas na entrevista. Dilma reafirmou a certeza de que o Brasil estará preparado para realizar o evento e explicou que além dos estádios, a melhoria nos aeroportos, por meio de parcerias com a iniciativa privada, também é uma meta. “Vamos fazer um processo de concessão nos aeroportos com a Infraero ficando com 49% e as empresas privadas, com 51%”, disse.

Dilma contou ainda que o orçamento para as 75 mil bolsas de estudos para alunos brasileiros no exterior, inscritos no programa Ciência sem Fronteiras, serão igualmente dividida entre os estados. “O critério fundamental (para seleção) será o mérito, o desempenho do aluno. Haverá um equilíbrio de jovens representando todos os estados brasileiros.” A iniciativa já é adotada por diversos países líderes em tecnologia do mundo, conforme explicou.

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