Sargento preso no RS é acusado de violar dados sigilosos do Banrisul

São Paulo – No Rio Grande do Sul, um sargento foi preso na manhã desta sexta-feira (3) acusado de ter ligações com contraventores de máquinas caça-níqueis na cidade de Canoas […]

São Paulo – No Rio Grande do Sul, um sargento foi preso na manhã desta sexta-feira (3) acusado de ter ligações com contraventores de máquinas caça-níqueis na cidade de Canoas (RS), na região Metropolitana da Capital. Uma força-tarefa do Ministério Público de Canoas e da Brigada Militar do Rio Grande do Sul fez a investigação junto com o Departamento de Inteligência da Casa Militar do Palácio Piratini. Durante as investigações, foi apurado que o sargento teria acessado dados sigilosos de políticos gaúchos, entre eles um ex-ministro e um senador.

Como os detalhes não foram revelados, especula-se que os sigilos de Tarso Genro (PT) e Paulo Paim (PT) tenham sido quebrados. Eles são candidatos a governador e a senador no estado.

O promotor criminal do MP em Canoas, Amilcar Macedo, escreveu em seu perfil no Twitter que dados sigilosos de várias autoridades foram acessados. Entre elas, além do senador e do ex-ministro, também de delegados de polícia e um oficial de inteligência das Forças Armadas.

Além de ser acusado de cobrar propinas de até R$ 5 mil por mês, o sargento acessava ilegalmente dados sigilosos do sistema integrado de consultas da Secretaria de Segurança sobre políticos. O uso ilegal desse sistema para espionar políticos foi denunciado pelo ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Adão Paiani, que deixou o cargo acusando o então chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, Ricardo Lied, de envolvimento com essa prática.

O caso soma-se à sequência de escândalos de corrupção na gestão de Yeda Crusius (PSDB), que disputa a reeleição, mas aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. O vice governador eleito em 2006, Paulo Feijó (DEM) e o então chefe da Casa Civil do governo estadual, Cezar Busatto, haviam denunciado corrupção em diferentes setores. Eles apontaram problemas no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS), Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS) e no Banrisul.

No banco estadual, as irregularidades tornaram-se públicas apenas nesta semana, a partir de denúncias apresentadas pelo Ministério Público.

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