Na espontânea, Datafolha aponta Dilma 5 pontos à frente

Embora registre empate técnico na pergunta estimulada sobre intenção de voto, instituto registra ainda que 41% acreditam em uma vitória da candidata do governo

São Paulo – A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e o candidato do PSDB, José Serra, aparecem com empate técnico no último levantamento do instituto de pesquisas Datafolha, divulgado nesta segunda-feira (26), no site da instituição. Na declaração de voto espontânea, a candidata do governo aparece cinco pontos à frente.

Dilma oscilou negativamente um ponto (de 22% há 20 dias, para 21% agora) e Serra caiu três (de 19% para 16%). Nessa situação, em que o cartão com os nomes dos candidatos não é mostrado para os entrevistados, o presidente Lula ainda aparece com 4% das menções, mesma taxa obtida pela candidata do PV, Marina Silva.

Em termos de expectativa de vitória, 41% acreditam que a candidata governista sairá vitoriaosa do pleito. O percentual representa 11 pontos a mais do que o montante que aposta na eleição de Serra para o cargo (30%). Apenas 2% prevêm Marina Silva como vitoriosa.

Na pergunta estimulada, Dilma Rousseff aparece com 37% das intenções de voto e José Serra, com 36%. A candidata do PV, Marina Silva, aparece em terceiro lugar, com 10%. O índice é um ponto percentual acima da pesquisa anterior, feita há 20 dias.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Eymael (PSDC) aparecem com 1% das intenções de voto cada um. Os outros candidatos não alcançam esse percentual. Entre os entrevistados, 10% declararam estar indecisos e 4% pretendem anular o voto ou votar em branco.

Os dados contrastam com os coletados pelo Instituto Vox Populi e divulgados pela TV Bandeirantes na semana passada. No levantamento, Dilma aparece oito pontos à frente – 41% contra 33% do candidato da oposição.

A divergência levou a troca de farpas entre diretores das empresas. Marcos Coimbra atribuiu a uma opção metodológica a diferença. Segundo publicou Luis Nassif em seu blog, o Datafolha exige que seja informado um número de telefone para verificação (auditoria) dos dados. Mauro Paulino, diretor do Datafolha, desmentiu a O Tempo. “Isso não é verdade. E me surpreende (essa afirmação) vir de alguém tão qualificado”.

Em abril, foi o Grupo Folha, ao qual o Datafolha pertence, quem fez acusações contra o concorrente por meio de veículos de comunicação. O principal ponto criticado na ocasião foi o ordenamento de perguntas – questionar primeiro sobre o conhecimento dos candidatos antes de saber a intenção de votos estimulada. João Francisco Meira, diretor-presidente do Vox Populi, criticou o uso da Folha de S.Paulo em uma disputa de mercado.

Outros dados

A pesquisa Datafolha mostra, ainda, que entre as mulheres, Serra teve uma queda de sete pontos. Além disso, Dilma Rousseff perdeu cinco pontos na Região Nordeste, mas cresceu seis pontos entre os que tem renda familiar mensal entre cinco a dez salários mínimos.

Na análise dos estados, a pesquisa mostra que Dilma Rousseff teve melhor desempenho na Bahia, no Rio de Janeiro, em Pernambuco e no Distrito Federal. Serra lidera em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná. Em Minas Gerais, a disputa está equilibrada: Serra tem 38% e Dilma 35%. Nas capitais, Serra aparece na frente em Curitiba (47%), Porto Alegre (42%) e Belo Horizonte (39%). Dilma aparece em primeiro em Recife (41%) e em Salvador (40%).

Entre os candidatos que declararam sua opção de voto, 69% se classificam como “totalmente decidido” e 27% admitem que ainda podem mudar a escolha. Entre os eleitores de Dilma Rousseff, 78% disseram estar totalmente decididos. Entre os de Serra o índice fica em 67%. Dos eleitores de Marina Silva, 38% admitem que podem mudar o voto.

A previsão de empate técnico continua num possível segundo turno. Dilma Rousseff teria 46% dos votos e José Serra, 45%. Além disso, 5% dos entrevistados votariam branco ou nulo e mais 5% estariam indecisos.

Entre os eleitores de Marina Silva, 39% escolheriam Dilma em um eventual segundo turno e 41% optariam por Serra. Entre esses eleitores, 15% votariam em branco ou anulariam o voto, caso a disputa ficasse apenas entre PT e PSDB.

A margem de erro é de dois pontos percentuais. A pesquisa foi feita entre os dias 20 e 23 em todo o país.

Com informações da Agência Brasil

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