Erenice Guerra rebate acusações e coloca sigilos à disposição

Ministra afirma que vai tomar medidas judiciais contra revista Veja

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra (Foto: Wilson Dias/Abr)

São Paulo – A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, rebateu neste sábado (11) as acusações publicadas pela revista Veja e colocou seus sigilos fiscal, bancário e telefônico e os de sua família à disposição das autoridades.

Em nota, a ministra classificou a reportagem de Veja de “caluniosa”. 

“Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista ‘Veja‘, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por danos morais quanto para que me garanta o direito de resposta”, afirma Erenice.

A ministra também acusa a revista de estar “envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível” no processo eleitoral e de utilizar expediente “em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos”.

Reportagem da publicação semanal acusa o filho de Erenice, Israel Guerra, de usar o cargo da mãe para fazer lobby com empresas interessadas em fazer negócios com o governo.

Leia a íntegra da nota:

“Sobre a matéria caluniosa da revista VEJA, buscando atingir-me em minha honra, bem como envolver familiares meus, cumpre-me informar:

1) Procurados pelo repórter autor das aleivosias, fornecemos – tanto eu quanto os meus familiares – as respostas cabíveis a cada uma de suas interrogações. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos;

2) Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista VEJA, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA;

3) Como servidora pública sinto-me na obrigação, desde já, de colocar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, bem como o de TODOS os integrantes de minha família, à disposição das autoridades competentes para eventuais apurações que julgarem necessárias para o esclarecimento dos fatos;

4) Lamento, por fim, que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos.

Brasília, 11 de setembro de 2010.

Erenice Guerra
Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República.”

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