Câmara de SP adia votação do reajuste de salário de Kassab

Projeto de lei que aumenta salário de Kassab em 100% e de secretários em mais de 300% está na pauta desde a terça-feira (1º). Votação foi adiada para evitar mais desgastes depois da aprovação do aumento de IPTU em até 300%

Para o líder do PT na Casa, vereador João Antônio, o mais justo é a correção do salário do prefeito com base na inflação do período (Foto: Juvenal Pereira/Câmara de Vereadores)

Depois da aprovação do reajuste da Planta Genérica de Valores (PGV), na terça-feira (1º), que vai elevar o IPTU da capital paulista em até 300%, a bancada de apoio ao prefeito Gilberto Kassab (DEM) na Câmara de Vereadores decidiu adiar a votação do projeto de lei que reajusta os salários do prefeito, vice e de todo o secretariado.

O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e está pronto para ir à votação, mas os vereadores da base governista preferiram adiar a análise do projeto em plenário para evitar mais um desgaste na mesma semana.

O líder da bancada de Kassab, vereador José Police Neto (PSDB), afirma que a votação do aumento para o Executivo é uma “obrigação” da casa, e que espera votar o projeto nos próximos 15 dias “independente do desgaste”.

Para o líder do PT na Casa, vereador João Antônio, o mais justo é a correção do salário do prefeito com base na inflação do período.

Reajuste de 300% nos salários

Se o projeto for aprovado, o salário do prefeito vai passar dos atuais R$ 12 mil para R$ 23,2 mil. Já os secretários vão passar de R$ 5,3 mil para R$ 19,7 mil, um aumento de mais de 300%. O salário da vice-prefeita, Alda Marco Antonio (PMDB), sobe de R$ 5,5 mil para R$ 20,8 mil. Os 31 subprefeitos também terão os salários reajustados nas mesmas proporções.

Segundo a legislação, o limite do funcionalismo não pode passar de 90,25% do que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).