Ataques de Serra são ‘matéria jabuti’, diz Dilma

Candidata diz que não entrará em jogo de acusações de Serra

Dilma em ato político nesta quarta-feira (25) (Foto: Roberto Stuckert Filho)

Cuiabá – A candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (25) que seu adversário quer pautar sua campanha e que ela não vai entrar neste jogo. Ela qualificou o fato de os jornalistas trazerem esses questionamentos de “matéria jabuti”, em alusão à expressão “jabuti não sobe em árvore”. Ela voltou a afirmar que o candidato José Serra (PSDB) está tentando reeditar a campanha do medo utilizada pela oposição nas eleições presidenciais de 2002.

“Não vão conseguir fazer com que eu responda. Não entrarei neste jogo em hipótese alguma. Há certas coisas que são ‘matéria jabuti'”, reagiu. “Em todas as oportunidades, meu adversário tem usado um método ineficaz que utiliza falsas afirmações, o medo e a criação de um clima que lembra a estratégia de 2002”, disse Dilma, que está na liderança das pesquisas de intenção de voto.

 

O programa eleitoral de Serra, exibido na véspera, lembrou o escândalo do mensalão, suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio no Congresso. Mencionou ainda os ex-ministros do governo Lula Antônio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), informando que os dois, envolvidos em escândalos, vão retornar ao governo se Dilma vencer as eleições de outubro.

Enquanto Palocci foi absolvido das denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal, Dirceu responde a processo no inquérito do mensalão, com outros 40 réus. A denúncia foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas o julgamento não tem ainda data para ocorrer. O ex-ministro da Fazenda integra a coordenação de campanha de Dilma, já Dirceu não tem envolvimento formal com a campanha.

“Acho que meu adversário está fazendo o que não é correto. Faz crítica e esconde que eles estão fazendo. Era melhor ele assumir isso”, afirmou. A candidata disse ainda que o oponente tenta desqualificar a campanha dela com críticas ao governo Lula, mas mostra a imagem do presidente no programa de TV.

Dilma voltou a descartar que fará um ajuste fiscal caso vença as eleições. O assunto foi tratado no final de semana pela imprensa. “Estão tentando pautar a minha campanha. Como falar em ajuste (fiscal) em um país que cresce 5%, tem geração de emprego e R$ 255 bilhões em reservas (cambiais)?”, questionou.

Em Cuiabá, Dilma participa de ato político ao lado de lideranças locais. Antes, na cidade de Rondonópolis, teve encontro com o ex-governador Blairo Maggi, candidato ao Senado pelo PR. No local, ela interrompeu uma carreata em função do sol forte.

Na chegada a Cuiabá, houve discussão entre a assessoria dos candidatos ao governo matogrossense que apoiam a petista, Silval Barbosa (PMDB) e Mauro Mendes (PSB), em torno do local da entrevista da candidata, que se realizou em um ginásio.

Com informações da Reuters

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