Alckmin recusa o Exército, mas vai discutir na quarta (7) ajuda do governo federal

Secretarias da Segurança Pública e da Administracão Penitenciária vão discutir parceria com o Ministério da Justiça. Desde setembro já ocorreram 600 assassinatos no estado, sendo perto de 100 policiais

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recusou a presença do Exército brasileiro para combater a violência no estado. A ajuda foi oferecida ontem (1) pela presidenta Dilma Rousseff. No entanto, ficou marcada para quarta-feira (7) reunião das secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária com o Ministério da Justiça para discutir uma parceria com vistas a reduzir a escalada da criminalidade agravada em setembro. Em entrevista na manhã de hoje (2), Alckmin disse que está aberto a discutir uma solução em parceria com o governo federal. Desde setembro já foram registrados aproximadamente 600 assassinatos no estado – perto de 100 mortos são policiais.

A presidenta ofereceu a inteligência da Polícia Federal para trabalhar em conjunto com as polícias civil e militar de São Paulo. Colocou também a Receita Federal à disposição para fiscalizar as empresas abertas pelos criminosos e ofereceu vagas no Presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 

O telefonema de Dilma para Alckmin ocorreu após uma troca de farpas entre a Secretaria de Segurança Pública paulista e o Ministério da Justiça. Nesta semana, o secretário de Segurança do Estado, Antonio Ferreira Pinto, negou que tivesse recebido oferta de ajuda federal, o que foi rebatido pelo ministério em nota. 

O contato direto entre os dois governantes ocorre num momento em que a Polícia Militar paulista realiza operações em favelas da capital, chamadas de Operação Saturação. A primeira favela a ser alvo da polícia paulista foi a de Paraisópolis, na região do Morumbi, na zona sul, de onde, segundo Ferreira Pinto, teriam partido as primeiras ordens para que policiais militares fossem assassinados.

Desde então, a polícia já realizou operações na favela São Remo, próximo ao campus da USP, na zona oeste, e nos bairros do Capão Redondo e do Campo Limpo, ambos na zona sul. Outras incursões foram feitas na favela São Remo, no Butantã, zona oeste, e em regiões do Campo Limpo e Capão Redondo, na zona sul.

 

 

 

 

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