Para Haddad, São Paulo desperdiçou período ‘de ouro’ do crescimento

“Eles tratam São Paulo como se fosse um feudo. Queremos reconciliar São Paulo com ela mesmo e com o país”, disse Haddad (Foto:Divulgação) São Paulo – O candidato do PT […]

“Eles tratam São Paulo como se fosse um feudo. Queremos reconciliar São Paulo com ela mesmo e com o país”, disse Haddad (Foto:Divulgação)

São Paulo – O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse hoje (17) que a cidade de São Paulo desperdiçou uma “década de ouro” de crescimento do Brasil e criticou o que considera uma resistência paulistana – e paulista – a fechar parcerias com o governo federal. “Eles tratam São Paulo como se fosse um feudo, uma propriedade privada. Queremos reconciliar São Paulo com ela mesmo e com o país. São Paulo não pode continuar de costas para o que está acontecendo no Brasil”, afirmou, durante plenária de sindicalistas realizada em São Paulo.

As críticas se direcionam ao adversário de Haddad no segundo turno, o tucano José Serra. “Ele não faz a parceria e depois culpa o outro lado. O Serra é especialista nisso. [No governo federal] nunca pedimos carteirinha de filiação de partido político”, declarou, reservando outra alfinetada para o outro candidato. “Não se iludam. Esse velha política de não fazer proposta vai morrer.”

Segundo Haddad, o encontro dos sindicalistas – que reuniu representantes de seis centrais – foi simbólico. “Representamos um projeto político para o país e para a cidade, e não se trata de um projeto partidário.” O petista se mostrou sensibilizado com o apoio oferecido por dirigentes do PDT, inclusive o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que compareceu à plenária. E revelou que seu “primeiro voto” foi dado ao então candidato pedetista ao governo estadual de São Paulo, “o saudoso Rogê Ferreira” – Rogê morreu em 1991.

Em reminiscência mais próxima, o petista lembrou ainda de sua saída do governo, em 25 de janeiro – dia de seu aniversário e da fundação de São Paulo –, para a disputa da prefeitura paulistana, quando a pesquisa apontava 3% de intenções de voto. “O primeiro Datafolha a gente nunca esquece. Parecia que eu tinha de escalar o Everest.”