Juiz bloqueia bens de tucanos ligados a Alckmin em São Paulo

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação e seu filho, que concorre à prefeitura de Taubaté, são acusados de corrupção e superfaturamento na compra de mochilas

São Paulo – O presidente afastado da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), José Bernardo Ortiz, e seu filho José Bernardo Ortiz Junior tiveram os bens bloqueados sob acusação de comandar um esquema de corrupção e superfaturamento na compra de mochilas para a rede de ensino do estado de São Paulo, segundo informou hoje (2) o site do jornal O Estado de S.Paulo.

Ortiz possui ligações antigas com o governador tucano Geraldo Alckmin – os dois tem base eleitoral no Vale do Paraíba – e Jr. é candidato a prefeito em Taubaté, também pelo PSDB.

De acordo com o Estadão, o juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara da Fazenda Pública da capital, aceitou integralmente o pedido Ministério Público Estadual contra pai e filho, determinando o afastamento do primeiro por 240 dias.

As investigações do MP apontam para formação de cartel em licitações da FDE. Foram compradas de 3,5 milhões de mochilas ao preço de R$ 32,4 milhões. O superfaturamento seria de R$ 11,5 milhões.

Na semana passada, quando a notícia veio à tona, o próprio Ortiz anunciou seu “afastamento provisório” e passou a se dedicar à campanha do filho.

Alckmin nomeou Ortiz em janeiro de 2011 – quando ele já era alvo de ações de improbidade movidas pelo Ministério Público de Taubaté, onde foi prefeito por três vezes.

A ação imputa conluio às empresas Capricórnio S/A, Mercosul Comercial e Indústria Ltda. e Diana Paolucci S/A Indústria e Comércio e aos Ortiz.

Em nota, a FDE “considera sem fundamento essa denúncia, levada ao Ministério Público, pois, na verdade, as cláusulas da licitação para a compra mantiveram a mesma redação dos editais usados em anos anteriores para essa mesma finalidade”. A fundação afirma que não houve superfaturamento e que os preços cobrados estão na média daqueles praticados pelo mercado.

Com informações de O Estado de S. Paulo

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