Ex-senadora Heloísa Helena confirma que deixará PSOL

Candidata derrotada à Presidência da República em 2006 espera por trâmite da ex-senadora Marina Silva, que criará novo partido

Heloísa Helena, expulsa do PT no começo do governo Lula, não concorda com a atual direção do PSOL (Foto: José Emilio Perillo. Folhapress)

São Paulo – A ex-senadora e vereadora de Maceió Heloísa Helena confirmou hoje (11) que deixará o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Ela espera que a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva conclua os trâmites para a fundação de um novo partido. Segundo afirmação dada ao Correio do Brasil, Heloísa diverge do PSOL, que, de acordo com ela, “tem malandros”. Ela é uma das fundadoras do partido, criado por políticos expulsos do PT, mas discorda do atual comando da sigla. O novo partido, criado por Marina, também ex-petista, do qual fará parte, também terá tendência socialista.

Os embates entre Heloísa e o PSOL foram intensificados quando se acusou o candidato a vereador Berg Nordestino de estar envolvido com as milícias no Rio de Janeiro. Nordestino fazia campanha para o candidato à prefeitura da capital carioca Marcelo Freixo, mas foi expulso do partido na semana passada.

Além disso, os espaços de Heloísa estavam diminuindo na agremiação, segundo afirmou um dos líderes da legenda, que prefere não se identificar, ao Correio do Brasil.

No Rio de Janeiro, o PSOL está envolvido com a polêmica sobre o show Primavera Carioca, que terá apresentação de Caetano Veloso, Chico Buarque e do Trio Preto+1, para arrecadar recursos para a campanha de Freixo. O candidato não poderá assistir à apresentação, pois foi proibido pela Justiça Eleitoral, que entende o evento como “showmício”, prática vedada pela atual legislação.

Para Freixo, contudo, o show não se encaixa nessa categoria. “Durante muitos anos aconteceram os showmícios, que foram proibidos por representar abuso do poder econômico. O nosso caso é exatamente oposto. Não estamos pagando para ninguém animar o público, como acontece num showmício. É apenas um show de amigos que acreditam numa nova proposta de política, e que pretendem doar a renda para essa campanha. Mas já que a justiça proibiu, eu não vou”, disse, segundo o Correio do Brasil