Para CPI, mulher de Cachoeira integra ‘organização criminosa’

Brasília – O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse hoje (2) que a relatada tentativa de chantagem de Andressa Mendonça, mulher de […]

Brasília – O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse hoje (2) que a relatada tentativa de chantagem de Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, contra o juiz da operação Monte Carlo, Alderico da Rocha Santos, faz com que ela passe a ser considerada uma “integrante da organização criminosa”.

Nesta semana, Andressa foi detida pela Polícia Federal a pedido da Justiça Federal de Goiás para prestar explicações sobre as ameaças que teria feito ao magistrado. Ela também teve de pagar fiança de R$ 100 mil para permanecer em liberdade e foi impedida de manter contato com pessoas denunciadas pela operação Monte Carlo, inclusive o marido que está preso desde fevereiro em Brasília.

Segundo a assessoria da 11ª Vvara de Justiça de Goiânia, a mulher de Cachoeira disse ao magistrado que poderia evitar a divulgação de um dossiê contra ele desde que Cachoeira fosse libertado.  “Essa atitude mostra que se ela não era passou a compor o quadro de integrantes da organização criminosa”, disse o deputado à Reuters nesta quinta.

Cunha disse que não nutre esperanças de que no depoimento marcado para a próxima semana Andressa responda aos questionamentos da CPI. “Não tenho expectativas dos depoimentos de ninguém na próxima semana. Temos que produzir um relatório com base nas provas documentais que estamos recebendo”, disse.

Na próxima semana, a CPI retoma os depoimentos de testemunhas, quando será ouvida também, além de Andressa Mendonça, Andréa Aprígio, ex-mulher de Cachoeira. Para o relator, a atitude de Andressa demonstra também que “a organização criminosa continua atuando” e ainda não foi totalmente “desmantelada”.

Cunha disse que durante o recesso parlamentar foi possível analisar muitos dados da Polícia Federal e de quebras de sigilos bancários, fiscais e telefônicos pedidos pela CPI. Dessas análises, para ele é possível concluir que o “aparelho de segurança de Goiás foi tomado pela organização criminosa”.

A CPI também identificou algumas contas bancárias de pessoas ligadas a Cachoeira no exterior, mas ainda não há como mensurar quanto há de dinheiro nesses bancos porque os sigilos dessas informações ainda não foram quebrados pela comissão. Isso só deve ocorrer no dia 14 de agosto, quando haverá uma sessão administrativa da CPI.

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