CPMI do Cachoeira pode votar amanhã convocação de diretor da revista Veja

São Paulo – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira pode convocar amanhã (14) o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, para que […]

São Paulo – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira pode convocar amanhã (14) o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, para que esclareça suas conexões com o grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Além do requerimento já colocado em pauta, de autoria do senador Fernando Collor (PTB-AL), o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) promete apresentar outro pedido com base em novas denúncias.

O parlamentar petista deve expor aos colegas relatório da Polícia Federal apresentado em parte no último fim de semana pela revista Carta Capital. Nele, chamadas telefônicas revelam Policarpo combinando reportagens que deveriam ser publicadas a pedido de Cachoeira para prejudicar políticos e funcionários públicos que contrariassem as atividades do contraventor e da construtora Delta, vencedora de licitações para obras em vários estados do país e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Além disso, o diretor de Veja chega a pedir ajuda do chefe do grupo para promover uma escuta ilegal nas conversas de um deputado federal. 

Em outra frente, Collor espera conseguir, além da convocação de Policarpo, a de Roberto Civita, dono do Grupo Abril, responsável pela edição da semanal, e do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado pelo parlamentar de tentar arquivar a Operação Vegas, realizada em 2009 pela Polícia Federal e que poderia àquele momento trazer à tona os crimes cometidos pelo grupo de Cachoeira, revelados apenas este ano durante a Operação Monte Carlo.

Sub-relatorias

Outra questão que será debatida na terça-feira é a possibilidade de criação de sub-relatorias, centro de protesto de alguns parlamentar contra o relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG). Para o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), a criação das sub-relatorias é necessária principalmente devido ao grande volume de informações manipuladas pelos parlamentares. “Há sobrecarga de trabalho, e estamos informando, em respeito ao relator, que ele indique os sub-relatores, para que haja racionalidade nas nossas atividades”, defendeu.

Alguns deputados e senadores avaliam que a divisão por sub-relatorias tornará mais sólido e plural o relatório final a ser produzido pela comissão. Diante das manifestações, o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), assumiu o compromisso de avaliar o assunto na terça-feira: “Nós haveremos de discutir de forma colegiada, como tem sido a tônica desta CPI em todos os seus momentos, sem arredar o pé um milímetro que seja, na reunião do dia 14.”

Com informações da Agência Câmara.