Lupi: ‘Não desisto nunca. Luto até o fim da minha vida’

Lupi, que se reuniu com líderes do PDT, não cogita nem a possibilidade de afastamento (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil) São Paulo – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, […]

Lupi, que se reuniu com líderes do PDT, não cogita nem a possibilidade de afastamento (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

São Paulo – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, reiterou nesta terça-feira (8) que não pretende entregar o cargo após o levantamento de suspeitas de irregularidades em repasses a ONGs. Além de enfrentar o ensaio de uma escalada semelhante à que derrubou cinco dos seis ministros que caíram de junho a outubro, Lupi vê crescer divisões internas do PDT, do qual é presidente licenciado.

“Eu não desisto nunca. Luto até o fim da minha vida”, disse o ministro, que convocou a imprensa após encontro com líderes do PDT. O apoio do partido era visto, nos bastidores, como fundamental para que Lupi fosse mantido por Dilma Rousseff à frente da pasta. “Não cogito a possibilidade de afastamento. Quero ficar para defender a instituição.”

Segundo Lupi, na reunião da tarde de segunda-feira (7), a presidenta quis saber até que ponto ele estaria disposto a se defender. “A presidenta Dilma me conhece há 30 anos. Para me tirar (do ministério) só à bala, e com bala forte porque sou pesadão. Te garanto que não acontecerá (uma demissão).”

Também nesta terça, os deputados Miro Teixeira (RJ) e Antônio Reguffe (DF) entregaram pedido à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam apuradas as suspeitas contra o Ministério do Trabalho, comandado há quatro anos pelo partido.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que ainda não há qualquer indício de irregularidade contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nas denúncias de pagamento de propina envolvendo a pasta. Reportagens veiculadas no último fim de semana acusam assessores do ministério de receber dinheiro em troca fechamento de convênios.

“Por enquanto, os elementos dizem respeito a irregularidades em programas do Ministério do Trabalho, mas não apontam, pelo menos neste primeiro momento, o envolvimento direto do ministro”, disse o procurador, no intervalo de uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo Gurgel, se não aparecerem provas contra o ministro, o processo deverá ser encaminhado à Procuradoria da República no Distrito Federal.

No último sábado (5), quando denúncias foram publicadas pela revista Veja e pelo portal IG, o ministro havia solicitado a José Eduardo Cardozo, da Justiça, que colocasse a Polícia Federal para investigar a questão. Além disso, Lupi determinou o afastamento do coordenador-geral de Qualificação, Anderson Alexandre dos Santos, que seria responsável por cobrar propinas de ONGs.

Com informações da Reuters e da Agência Brasil

 

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