Médicos preveem tratamento de Lula até fevereiro de 2012

Lula ao chegar ao hospital: médicos relataram que ex-presidente chegou de bom humor e confiante (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) São Paulo – O tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva […]

Lula ao chegar ao hospital: médicos relataram que ex-presidente chegou de bom humor e confiante (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)

São Paulo – O tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva frente a um tumor na laringe inclui três sessões de quimioterapia e uma de radioterapia. Em função da necessidade de intervalos entre as aplicações, a previsão é de que o processo seja concluído apenas em fevereiro, informou a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês nesta segunda-feira (31), em coletiva de imprensa.

A primeira sessão foi iniciada nesta segunda, às 11h, com duração de três horas. Lula deve passar a noite internado e, nesta terça-feira (1º), voltar para casa, em São Bernardo do Campo. Um cateter foi implantado para a introdução do medicamento. Assim, cada sessão de quimioterapia irá durar cinco dias, com aplicação de parte das drogas na unidade de saúde, parte em casa.

O intervalo entre as sessões será de três semanas. Depois da segunda, será possível avaliar os resultados. Depois da última, um intervalo de 40 dias terá de ser respeitado antes da radioterapia. Um equipamento específico no hospital será usado para isso.

O cronograma foi divulgado pelos médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz e Luiz Paulo Kowalski, que acompanham o ex-presidente. Eles mantiveram o tom de declarações anteriores ao ressaltar que o câncer que acomete Lula na região da garganta tem boas chances de tratamento e de recuperação plena. Segundo Hoff, o tumor é de agressividade média, que comumente é eliminado com a quimioterapia.

Segundo o médico Luiz Paulo Kowalski, descartou-se a hipótese de cirurgia por ser um tumor menor do que três centímetros localizado muito perto das cordas vocais, o que poderia comprometer a voz. “O tumor é de tamanho intermediário e não se fixou nas cordas vocais. Foi descoberto a tempo, e isso permite que Lula receba um tratamento mais conservador”, afirmou. “Há pelo menos 15 anos, em situações como a dele, se indica a quimio e a radioterapia”, disse Kowalski.

Protagonista

Em meio a declarações de apoio e solidariedade no Congresso Nacional, o líder do governo na Câmara Federal, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que Lula será peça fundamental nas eleições municipais de 2012. “Não muda absolutamente nada (o diagnóstico de câncer). O Lula não está morto, nem debilitado. Ele tem uma doença, que é curável, e em três meses vai estar bom”, disse.

Para Vaccarezza, de dezembro deste ano a fevereiro do ano que vem, as articulações políticas passam por uma “baixa”. Até lá, espera-se que Lula esteja de volta à costura de coligações. “Ele está participando, está presente e dá opinião”, avisou o líder.